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Carta 226Novembro 2023

Comentário do gestor

Prezados Coinvestidores,

O mês de novembro foi um mês de euforia nos mercados financeiros mundiais.

O índice S&P 500 teve rentabilidade de +8,90%, o segundo melhor resultado para o mês desde 1990, só perdendo para novembro de 2020, na recuperação pós pandemia.

No dia 1o de novembro, o FED (Banco Central Americano) decidiu manter a taxa básica de juros da economia americana inalterada – entre 5,25% e 5,50% ao ano – mas trouxe mudanças no seu comunicado, dizendo que percebe que a economia e o mercado de trabalho seguem fortes, mas que as condições financeiras apertadas poderiam vir a se refletir na atividade econômica. Isso fez o mercado acreditar que o ciclo de alta de juros havia se encerrado, mesmo que permanecesse em patamar elevado por um tempo longo.

Aqui no Brasil, também no dia 1o de novembro, o COPOM (Comitê de Política Monetária do Banco Central) reduziu, conforme esperado, a taxa básica de juros em 0,5%, para 12,25% ao ano.

No dia 14 de novembro, foi divulgado o CPI (inflação ao consumidor nos EUA).

A expectativa já era de desaceleração para 3,3% no ano, mas o resultado veio abaixo da expectativa, em 3,2% no ano, e com o núcleo do CPI também melhor do que a expectativa otimista, em 4%, quando a expectativa era de 4,1%. A queda na gasolina, habitação e as descidas contínuas na inflação dos bens básicos ajudaram, embora a inflação de serviços não tenha caído.

O mercado, que já vinha animado desde o início do mês, sentiu força para entrar em euforia, dando como certo que o FED não vai mais subir os juros e já apostando, com grande probabilidade, em um primeiro corte de juros já em maio de 2024.

As bolsas subiram e os juros caíram. Nos EUA as Treasuries de 10 anos, que em 19 de outubro haviam batido nos 4,98% ao ano (o maior patamar desde 2007), assustando todo mercado, recuaram fortemente em novembro, terminando o mês perto dos 4,20%.

A euforia no mercado americano se espalhou por todo o mundo.

Aqui no Brasil, o Ibovespa, que até o final de outubro estava com ganho de +3,10% no ano, teve valorização de +12,53% no mês, terminando novembro com +16,03% no acumulado do ano. Foi o melhor mês para o Ibovespa também desde novembro de 2020, quando da recuperação das perdas em meses anteriores daquele ano, pela pandemia.

Parte da forte alta do Ibovespa foi pelo forte ingresso de investimento de investidores estrangeiros com R$ 18,5 bilhões no mês, acumulando um ingresso de R$ 25,5 bilhões no ano. E esse recurso vai sempre para as chamadas blue chips, empresas de maior liquidez no mercado.

Apesar de nossos fundos não terem acompanhado essa euforia das blue chips no mês, tivemos uma boa alta em novembro e seguimos melhores do que o Ibovespa no acumulado do ano, com nossos Fundos de Ações Vokin GBV Aconcágua e Vokin K2 com resultados de +17,72% e +17,73% até aqui no ano, ambos superando, também, o CDI, que acumula +12,04% no ano.

Benjamin Graham já dizia, no Capítulo 8 do livro “O Investidor Inteligente”, que o Sr. Mercado é maníaco-depressivo, que tem um humor que se altera rapidamente, estando ora depressivo e ora eufórico. Ele dizia, também, que não devemos deixar que essa mudança de humor determine nossa mudança de visão em relação ao real valor das empresas, nem quando o Sr. Mercado está depressivo, nem quando eufórico. O investidor, diferente do especulador, deve ter uma visão de longo prazo sobre os ativos que mantém em carteira. E, nessas horas de euforia do mercado, nosso cuidado é mantermos a racionalidade, nunca pagando caro simplesmente porque o mercado está de bom humor ou porque tem fluxo para ações.

Nossa estratégia segue a mesma, de buscar comprar bem e manter as posições até que o preço convirja para o valor. As oscilações diárias de preços estão aí para aproveitarmos quando vemos alguma oportunidade, mas não para nos guiar ou guiar nossas decisões, como faz com grande parte do mercado.

Charlie Munger

No dia 28 de novembro, tivemos a notícia do falecimento de Charlie Munger, com 99 anos, faltando pouco mais de um mês para completar 100 anos.

Ainda neste ano, em maio, tivemos a oportunidade de assisti-lo pessoalmente, ao lado de Warren Buffett, no Encontro Anual da Berkshire Hathaway, em Omaha/NE.

Lá estavam eles, mais uma vez, por 5 horas respondendo às perguntas de acionistas da empresa, sempre com sabedoria, boa memória e raciocínio rápido.

Charlie contribuiu muito com Warren na construção da Berkshire. Podemos dizer que eles foram os melhores alocadores de capital da história. Hoje, a Berkshire é a empresa com o maior patrimônio líquido do mundo e partiu, em 1965, quando eles tomaram controle, de um patamar irrisório.

Charlie não está mais entre nós, mas deixou lições atemporais, tanto para investimentos como para a vida.

Destacamos uma lição, que fala que esperar é a parte mais difícil:

“Você tem que ser muito paciente, você tem que esperar até que apareça alguma coisa que, pelo preço que você está pagando, seja fácil. Isso é contrário à natureza humana, apenas ficar sentado lá o dia todo, esperando.

Para nós, é fácil, nós temos muitas outras coisas para fazer. Mas para uma pessoa comum, você consegue imaginar ficar sentado por cinco anos sem fazer nada? Você não se sente ativo, você não se sente útil, então você faz alguma coisa estúpida.”

Esperar o investimento certo, pelo preço certo, às vezes demora – e não é fácil esperar – mas é recompensador.

Desejamos um ótimo mês de dezembro e um feliz final de ano para todos, com muita sabedoria, saúde e paz.

Obrigado por investirem junto conosco!

Economia

Estamos prontos?

O ano de 2023 se encerra deixando no ar a sensação de que há muitos riscos no horizonte que devem gerar importantes desafios para o Brasil. O primeiro deles é a geopolítica. Desde a Guerra Fria que não vivemos um clima tão forte de divisão política mundial com ameaças de invasão e anexação de territórios e aumento de medidas autoritárias que inibem o livre mercado. Esse movimento está influenciando as decisões de alocação de recursos destinados a investimentos de longo prazo e vai modificar as cadeias produtivas nas próximas décadas. Nesse ambiente, a China tem perdido notoriedade e a Índia entra como alternativa. Porém, devido a sua enorme inserção mundial, a China ainda vai, por anos, influenciar a economia de diversos países, principalmente via importações e preços. Ela é o mais importante parceiro comercial de diversas economias na Ásia, América do Sul e Europa e, quando tiver problemas de crescimento, é claro que o mundo vai sentir. É o caso do Brasil que tem na China um importador de peso, representando 30% de tudo. Mas, diferente do observado em outras economias, o Brasil se destaca com poucos produtos, concentrando as receitas em soja e minério de ferro. Nesse caso, dada a limitação interna na oferta desses produtos e a excelente presença do Brasil no cenário internacional, nossa posição fica menos fragilizada, porém não negligenciável. Veja que, quando falamos de geopolítica e economia, devemos nos lembrar das commodities. No caso das relacionadas a minerais e energia, os riscos de restrição no abastecimento e preços elevados são nítidos, pois ficamos reféns da localização dessas reservas. Por exemplo: apenas três países concentram 70% de todos os minerais do mundo, e boa parte do que é usado para promover a tão sonhada “energia limpa”, como lítio, cobalto e níquel, está na mão de poucos. No caso da agropecuária não é diferente. Cerca de 62% da produção mundial está concentrada em três países, colocando em risco a segurança alimentar. Em termos conjunturais, a China continua atraindo o olhar de analistas, mas agora com o intuito de identificar os reais riscos que o mercado imobiliário representa para a economia. Diante dos problemas apontados nas principais empresas do setor, a desaceleração das obras e da demanda foi acentuada. Alguns números apontam que, dentre imóveis vazios ou inacabados, há o suficiente para alojar mais de 200 milhões de pessoas. Como o governo irá tratar um segmento que é o principal vetor de crescimento, representa 29% do PIB, emprega mais de 2,5 milhões de pessoas e é responsável por cerca de 30% de tudo que os governos locais arrecadam de tributos relacionados ao setor? Uma alternativa – já experimentada anteriormente durante a crise do subprime – é a compra de dívida privada por parte do Banco Central, levando os papéis até a maturidade. Se essa opção está na mesa eu não sei, mas não descartaria diante dos efeitos devastadores que “deixar quebrar” poderia causar para o país. O segundo risco que temos que considerar para um horizonte curto é o financeiro. Os juros altos nos EUA colocaram diversos bancos pequenos em dificuldades e um teste de stress feito com 900 instituições financeiras mundiais em 29 países revelou que, em um cenário de risco,

aproximadamente 153 grupos econômicos estariam com problemas, comprometendo 36% dos ativos financeiros mundiais. Seria um cenário extremo, mas que acendeu a luz de alerta para um olhar mais cirúrgico sobre os bancos pequenos. Portanto, não se surpreenda se, nos próximos meses, ouvir que tanto nos EUA quanto na região do Euro foram abertas novas linhas de suporte de liquidez para essas instituições diante do “cenário adverso”. Por fim, temos os Governos endividados. O momento econômico pós pandemia gerou um impacto significativo sobre a dívida pública. Poucos países conseguiram – como foi o caso do Brasil – sair daquele cenário com uma dívida menor do que entraram (1,8 ponto percentual do PIB). A maioria teve alta com destaque para Singapura (+39 pontos percentuais do PIB), Japão (+23 pp), Reino Unido e Canadá (+17 pp), China (+16), França (+14) e EUA (+12). Uma dívida pública alta reduz a capacidade dos Governos em implementar políticas públicas, em especial em cenários de crise. Além disso, exerce pressão sobre o nível de taxa de juros e reduz o crescimento potencial. É o caso que se projeta para os EUA, cujo PIB potencial caiu de 3,5% nas décadas anteriores para cerca de 1,5% ao ano. Um novo arranjo socioeconômico e político se desenha para o mundo nas próximas décadas. Teremos desafios comerciais, de relações diplomáticas e de crescimento. Oportunidades não irão faltar, mas será que estamos prontos para enfrentar isso?

Estratégia Vokin GBV Aconcágua

Comentários dos Gestores

No mês de novembro, tivemos altas expressivas nas bolsas americana e brasileira, com notícias positivas tanto aqui como nos EUA. Nesse contexto, o Vokin GBV Aconcágua fechou o mês com resultado de 8,07%, enquanto o Ibovespa fechou com 12,54%.

O ânimo dos mercados começou logo no início do mês, quando os dados de seguro-desemprego e contratações de trabalhadores americanos sinalizaram um arrefecimento no mercado de trabalho, que vinha apertado e pressionando a inflação. Como consequência, o mercado passou a estimar o fim do ciclo de aperto de juros nos EUA. Nem mesmo a fala do presidente do BC americano, Jerome Powell, sugerindo cautela e dizendo que ainda poderia subir os juros, foi suficiente para conter a euforia. Os dados de inflação, que vieram alguns dias depois, confirmaram um menor ritmo de aumento de preços e o mercado passou a acreditar em uma queda dos juros americanos já no primeiro semestre do ano que vem, mesmo que o PIB do 3o trimestre do país tenha vindo forte. Com a queda dos juros de prazo mais longo, que é o custo de oportunidade de outros investimentos, as bolsas se beneficiaram.

No Brasil, Lula surpreendeu o mercado duas vezes. A primeira, por comprar a ideia da equipe econômica de não modificar a meta fiscal para o ano que vem – pelo menos até março – quando sai o primeiro relatório bimestral de receitas e despesas e quando o governo já saberá se conseguiu implementar todos os projetos que estão no Congresso para aumento da arrecadação. Até o mês passado, o mercado já dava como quase certo que o Presidente mudaria a meta, após algumas sinalizações. A segunda surpresa se deu pelo veto à desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia, que também foi interpretado como um ato ousado e em favor da visão da equipe econômica, já que esse projeto, aprovado na Câmara e no Senado, teria impacto aproximado de R$9bi em perda de arrecadação. Os dois fatores contribuíram para a queda dos juros longos no Brasil, que também se beneficiou pela queda dos juros nos EUA. Esses foram os principais fatores para altas recentes das Bolsas.

Além disso, em novembro, tivemos a aprovação da reforma tributária no Senado, que incluiu mais alguns setores entre os beneficiados pelas alíquotas reduzidas e elevou o valor do fundo de desenvolvimento regional. Agora, é necessário que a Câmara analise as modificações feitas no Senado. Também tivemos a vitória do Governo no assunto precatórios, pois conseguiu, após julgamento do STF, que os R$95bi acumulados fossem pagos com créditos extraordinários, não contando para o déficit e meta fiscal.

Outro fator importante foi a negociação com Lira e Pacheco para começar a tramitação do projeto que pretende extinguir a subvenção de ICMS sobre custeio, que é um dos principais projetos que o governo tem para aumentar a arrecadação em 2024, e que deve ser votado antes do recesso parlamentar.

Em novembro, apesar do fundo ter subido menos que a Bolsa, devido à alta forte ocasionada pela compra de estrangeiros, tivemos uma boa performance oriunda da nossa posição em Carrefour. Começamos a montar essa posição em abril deste ano e explicamos os motivos para a compra na carta daquele mês. Em junho, aumentamos a posição e, na carta, mostramos os motivos pelos quais o ano de 2023 seria tão desafiador. De lá para cá, as margens começaram a melhorar e vemos boa performance de algumas das conversões para o formato Atacadão que estão em regiões mais adensadas em grandes cidades. Esse é o segmento de negócio da empresa que tem melhor desempenho e, recentemente, no Carrefour Day, a gestão da empresa anunciou que pretende converter mais 40 lojas de hipermercados em novas lojas do Atacadão e do Sam’s Club, algo que vemos com bons olhos, na medida que a boa localização dessas lojas deve permitir um incremento importante de vendas por metro quadrado sem demandar um investimento tão grande como o de lojas novas, pelo que vemos das conversões mais recentes. A otimização do portfólio de lojas, ao invés da expansão puramente orgânica, deve beneficiar a alavancagem financeira do negócio, que é um fator de preocupação nosso e do mercado. Por fim, entendemos que o patrimônio imobiliário do Carrefour não está totalmente refletido em sua precificação, na medida que 539 das suas lojas são próprias, muitas com terrenos comprados há muitos anos e, portanto, com valor desatualizado no balanço. Visando extrair mais valor desses ativos, a gestão da empresa desenhou um projeto para explorar esses espaços em parceria com construtoras, gerando receita na construção de torres comerciais e residenciais e aumentando o fluxo para suas lojas, mais modernas e reformadas. O primeiro projeto que está saindo do papel é o Paseo Alto das Nações, em uma avenida nobre de São Paulo. Para tocar essa nova divisão de negócios, a empresa contratou uma executiva com muita experiência, oriunda do setor imobiliário. Continuamos acreditando que, em 2024, veremos a recuperação dos números do Carrefour.

Para os próximos meses, precisamos ficar atentos aos projetos de aumento de arrecadação que estão no Congresso brasileiro, pois, caso não passem, devem acarretar uma mudança de meta fiscal que pode prejudicar os juros e a bolsa. Nos EUA, monitorar a inflação e a atividade econômica é fundamental, pois o mercado já compra que a batalha dos juros está ganha. Qualquer revés pode significar uma correção da alta forte que tivemos recentemente.

Vokin K2 Long Biased FIA

Comentários dos Gestores

O Carrefour comunicou suas projeções operacionais ao mercado para o ano de 2024. Projeta-se a abertura de 10 a 12 lojas Atacadão e de 7 a 9 lojas Sam’s Club, com o Capex estimado entre R$ 2,3 bilhões e R$ 2,6 bilhões para o exercício. Além disso, o Carrefour projeta a redução dos níveis de estoque em aproximadamente 2 dias de custo das mercadorias vendidas em 2024. No período entre 2024 e 2026, a Companhia estima a conversão de aproximadamente 40 hipermercados em lojas Atacadão e Sam’s Club, com cerca de 20 dessas conversões previstas para 2024. Por fim, o Carrefour retirou o guidance anterior de atingir R$ 100 bilhões em vendas brutas no Atacadão para 2024, devido a mudanças no ambiente macroeconômico do país.

A Suzano atualizou projeções de Capex para 2023 e 2024. Para o ano atual, as estimativas foram mantidas em R$ 18,5 bilhões. Para o ano seguinte, foi aprovado pelo Conselho de Administração a projeção de R$ 14,6 bilhões. O montante inclui despesas de manutenção, expansão, modernização, terras e florestas. O Capex de 2024 é menor em comparação com 2023, principalmente devido ao menor desembolso relacionado ao Projeto Cerrado. A Suzano esclareceu que a estimativa não inclui o efeito da monetização de créditos de ICMS no estado do Espírito Santo, cujo montante estimado para 2024 é de aproximadamente R$ 140 milhões. A redução do CAPEX em 2024 também está relacionada à ausência de desembolso referente à aquisição do Parkia em 2023. A Suzano continua a seguir sua estratégia de aumento da base florestal visando maior competitividade e opções de crescimento no longo prazo.

O Bradesco anunciou a promoção de Marcelo de Araújo Noronha ao cargo de Diretor-Presidente, substituindo Octavio de Lazari Junior. Com 58 anos, Noronha ocupou diversos cargos na diretoria do Bradesco, sendo Diretor Vice-Presidente nos últimos 8 anos. Sua nomeação decorreu da recomendação do Comitê de Nomeação e Sucessão. O então CEO, Octavio de Lazari Junior, terá seu nome submetido ao cargo de membro do Conselho de Administração do Banco.

O Itaú concluiu a venda da totalidade de suas ações no Banco Itaú Argentina (BIA) e suas subsidiárias para o Banco Macro S.A. Após a obtenção da autorização do Banco Central da República Argentina, o fechamento da operação foi realizado, e o Itaú Unibanco recebeu o valor de US$ 50 milhões pela transação. O impacto não-recorrente dessa operação foi refletido no resultado do terceiro trimestre, com um efeito negativo de R$1.212 milhões. Em decorrência da alienação, o Itaú revisou seu guidance para 2023. Projeta-se crescimento: (i) entre 5,7% e 8,7% na carteira de crédito total; (ii) de 12,5% a 15,5% na margem financeira com clientes; (iii) entre R$ 1,6 bilhão e

R$ 3,6 bilhão na margem financeira com o mercado; (iv) de 4,7% e 6,7% na receita de prestação de serviços e resultado de seguros e (v) entre 4% e 8% nas despesas não decorrentes de juros. O Banco complementa que a alíquota efetiva é estimada entre 26,7% e 28,7% e considera um custo de capital próximo a 14,25% a.a. na gestão de seus negócios.

A Itaúsa elevou seu capital social em R$ 8,8 bilhões por meio da capitalização de reservas de lucros. Foram emitidas 491,8 milhões de novas ações, na proporção de 5 ações novas para cada 100 ações existentes. As ações bonificadas têm custo atribuído de R$17,92 por ação. Ainda no comunicado, a Itaúsa homologou o aumento de capital realizado em agosto, no montante de R$ 877 milhões. Por fim, a holding aprovou o resgate antecipado da totalidade das debêntures de 1a série da 4a e 5a Emissão, através dos respectivos desembolsos de: (i) R$ 1,3 bilhão, por meio dos recursos levantados na 6a emissão de debêntures no valor de R$ 1,25 bilhão, com vencimento de 8 anos, amortizações em 2029, 2030 e 2031, e remuneração de CDI+ 1,37% ao ano e (ii) R$ 1 bilhão, acrescido da remuneração e do prêmio conforme definidos na escritura, através dos recursos obtidos com a venda de ações da XP.

A Bemobi celebrou de um Memorando de Entendimento (MoU) não vinculante com o Grupo Salta, anteriormente conhecido como Grupo Eleva, para adquirir dois de seus negócios digitais, Agenda Edu e EduPay. A transação está alinhada à estratégia da Companhia de expandir sua presença na vertical de soluções de pagamentos e canais digitais, agora adentrando o segmento de educação privada no Brasil. Com mais de 2,5 mil instituições de ensino como usuárias, a Agenda Edu é reconhecida como uma das principais EdTechs da região, enquanto a EduPay oferece soluções de pagamento integradas. A conclusão da operação proporcionará à Bemobi acesso ao mercado educacional privado e novas plataformas tecnológicas, complementando suas ofertas existentes.

A Tecnisa tomou conhecimento do Edital do 1o Leilão Público da Segunda Distribuição de CEPAC da OUC Água Branca. O leilão, que será realizado em 12 de dezembro pela B3, tem como objeto CEPAC Residencial com oferta de 350 mil títulos. O preço mínimo individual para os CEPAC-R é de R$ 1.093,42. A OUC Água Branca inclui o bairro planejado Jardim das Perdizes, no qual a Tecnisa tem participação. O resultado do leilão impactará as decisões da Companhia em relação aos projetos no Jardim das Perdizes.

Vokin Everest FIC FIM

Comentários dos Gestores

Logo no início do mês de novembro, os mercados globais foram impactados positivamente com uma sinalização mais clara por parte do Banco Central dos Estado Unidos (Fed) acerca do final do ciclo de alta nas taxas de juros, indicação esta que já vinha sendo aguardada há diversos meses. No decorrer do mês, a divulgação de dados econômicos apontando inflação e crescimento abaixo do esperado, assim como o mercado de trabalho menos aquecido, mantiveram o movimento bastante favorável para os ativos de risco e já iniciando previsões mais otimistas para o início do ciclo de corte de juros pelo Fed para o primeiro semestre do ano que vem.

A taxa do título público americano (Treasury) de 10 anos, que chegou próximo a 5,00% em outubro, recuou para próximo de 4,20%, com impacto relevante também na bolsa norte-americana, tendo o índice S&P 500 subido, aproximadamente, 9% no mês. A grande incerteza permanece sobre qual será a magnitude da desaceleração econômica nos Estados Unidos, considerando que o efeito da rápida alta nas taxas de juros demora a ter impacto na economia real. Também foram destaques no mês a primeira visita do presidente chinês Xi Jinping aos Estados Unidos em quase seis anos, sinalizando uma possível melhora na comunicação entre os países, assim como a continuidade da tensão no Oriente Médio em função do conflito envolvendo Israel e Palestina.

Os ativos no Brasil também tiveram impacto positivo com essa melhora global, por mais que permaneçam as preocupações sobre o problema fiscal e o crescimento da dívida pública, com o próprio Presidente, e boa parte da ala governista, propondo flexibilização do novo arcabouço fiscal já no primeiro ano. Com relação à taxa Selic, a expectativa é de que o ciclo de cortes se encerre com uma taxa próxima a 9,25% no primeiro semestre do ano que vem. Porém, apesar do ambiente inflacionário mais benigno, a trajetória do problema fiscal do país também deverá influenciar nas decisões. O Ibovespa fechou alta de 12,54% no mês, maior alta mensal em três anos e beneficiada por um forte fluxo de investidores estrangeiros. O dólar se desvalorizou 2,27% frente ao real e ocorreu fechamento da curva de juros reais, representando alta de 2,62% para o índice IMA-B.

O fundo Everest encerrou o mês apresentando boa recuperação, com alta de +1,97%, ante +0,92% do CDI, acumulando, no ano, alta de +8,59% ante +12,04% do CDI. As principais contribuições positivas vieram das posições direcionais em renda variável no Brasil e no exterior,

assim como posições a favor da queda de juros em diversas regiões, principalmente nos Estados Unidos. Destaques positivos para o fundo de ações long only Vokin GBV Aconcágua (+8,12% no mês); e fundos multimercado macro Kapitalo Zeta (+6,47%) e Gávea Macro Plus (+5,97%). Os piores desempenhos foram do quantitativo Giant Zarathustra (-1,77%), do fundo de ações long & short Ibiúna STLS (-1,21%) e do multimercado macro SPX Nimitz (-0,86%). Não foram feitas alterações na carteira durante o mês.

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