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Carta 225Outubro 2023

Comentário do gestor

Prezados Coinvestidores,

Nossa filosofia e estratégia como investidores é pensarmos como empresários, não como alguém que possui um pedaço de papel ou a confirmação eletrônica da compra de uma ação.

Procuramos empresas sólidas, com vantagens competitivas e que possam ser compradas com margem de segurança, ou seja, com desconto em relação ao real valor, entendendo o negócio como um todo e a potencial geração de caixa futura para seus acionistas, trazidas a valor presente, considerando uma correta taxa de desconto.

Complementa essa estratégia um temperamento de paciência e entendimento de que investimento, diferente de especulação, não requer gratificação instantânea, mas, sim, a busca pelo sucesso de longo prazo,lembrandoquemaisimportanteéproteçãodo capital investido do que a pressa por enriquecer.

Investir é simples, mas não é fácil, porque requer, acima de tudo, muita disciplina e paciência. O que, na teoria, parece simples, na prática é de difícil execução.

Em outras palavras: não basta sabermos como temos de agir, o mais importante é praticarmos o que sabemos e seguirmos a estratégia com diligência e disciplina.

Sempre gostamos de lembrar que a ação da Berkshire Hathaway, comandada por Buffett, teve ganho anual composto de 19,8% ao ano nos últimos 57 anos, multiplicando, assim, a sua ação por 27.875 vezes até o final de 2022 (sim esse é o “milagre” dos juros compostos, que Albert Einstein chamava de “a oitava maravilha do mundo”).

Mas é importante lembrar também que, nesses 56 anos, em 11 deles as ações da Berkshire tiveram desvalorizações, como em 1974, quando tiveram queda de -48,7%, ou em 2008, quando a queda foi de -31,8%.

Ser um investidor inteligente não tem de ver com QI ou notas escolares, como ensinou Benjamin Graham, mas significa ser paciente, disciplinado e ávido por aprendizagem. O investidor inteligente, dizia ele, deve ser capaz de controlar suas emoções e pensar por si mesmo. Essa inteligência é um traço mais de personalidade do que de cérebro.

Esses são os princípios que norteiam nossa estratégia de investimentos e nossa conduta no dia a dia.

Neste ano estamos com resultados de +8,93% e +10,48%, até aqui, em nossos Fundos de Ações Vokin GBV Aconcágua (Fundo Long Only) e Vokin K2 (Fundo Long Biased).

No ano, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, está com +3,10%.

Estamos, portanto, gerando um bom alpha em relação ao Ibovespa em mais um ano, como é o nosso objetivo, e buscamos com determinação.

No mês de outubro, tivemos -1,47% e -0,16%, mês em que o Ibovespa fechou em -2,94%. Caímos, mas caímos menos, como também é sempre nosso objetivo.

Vínhamos tendo um mês positivo em nossos fundos até o dia 27 de outubro, quando o Presidente Lula disse, em conversa com jornalistas, que a meta fiscal de 2024 não precisa ser zero, que o Brasil não precisa disso, e que não vai começar o ano fazendo corte em obras que são prioritárias para o país, que o mercado é ganancioso demais e fica cobrando uma meta que não vai ser cumprida.

Essa declaração pegou muito mal no mercado financeiro porque demonstra uma falta compromisso do Presidente com a meta fiscal que foi estabelecida pelo próprio Governo ainda neste ano, quando foi proposto o Novo Arcabouço Fiscal para substituir o Teto de Gastos, que era uma regra mais simples e mais dura do que o Novo Arcabouço.

Como já dissemos mais de uma vez, foi realmente uma pena o fim do Teto de Gastos!

Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central, que já havia dito que o Arcabouço Fiscal é o sonho de qualquer dirigente gastador, agora diz o seguinte: “O Arcabouço Fiscal bateu um recorde: está desfeito antes de começar a operar!”

Viemos de um superávit primário do governo federal de R$ 54 bilhões em 2022, para um déficit estimado de mais de R$ 100 bilhões em 2023 (após a aprovação da chamada PEC da gastança em dezembro de 2022).

O Novo Arcabouço Fiscal havia previsto um déficit zero em 2024 e superávits de 0,5% do PIB em 2025 e 1% do PIB em 2026.

Agora, menos de um ano depois do fim do Teto de Gastos e da sua substituição pelo Novo Arcabouço, o Governo já articula revisar a meta fiscal de zero para um déficit primário de -0,25% ou -0,50% do PIB em 2024.

Setores do PT já defendem junto a auxiliares do Presidente um objetivo ainda mais frouxo, de um déficit de -0,75% do PIB.

E estamos falando do déficit primário. O déficit nominal, considerando os juros da dívida pública, é maior e faz com que a dívida pública aumente mais e mais.

O mercado não gosta de insegurança. O mercado gosta de segurança e confiança.

Mais do que atingir a meta, o mercado espera um comprometimento com esse objetivo.

Precisamos de austeridade. Precisamos de disciplina com as contas públicas!

É claro que precisamos de crescimento econômico, mas ele só virá se houver confiança das pessoas, empresários e investidores.
Mais do que pensar em arrecadar mais, o Governo deve, sim, se preocupar com as despesas. Mais do que pensar em gastar o dinheiro dos contribuintes, o Governo precisa pensar em criar condições favoráveis para que as próprias pessoas, empresários e investidores queiram investir no nosso país.

E como já dissemos, acreditamos que, se os governos não ajustarem as suas contas, as contas irão ajustar os governos. Com a economia não se brinca. Economia exige confiança, controles e pensar em todas as consequências, próximas e distantes, de cada decisão tomada.

Ainda sobre macroeconomia, no dia 01 de novembro, o Banco Central Americano manteve a taxa de juros no patamar entre 5,25% e 5,50% ao ano, afirmando que esse patamar deve permanecer por alguns meses, até que a inflação convirja para a meta de 2% ao ano nos Estados Unidos.

E, aqui, o Banco Central Brasileiro, no mesmo dia, reduziu a taxa básica em mais 0,50 ponto percentual, para 12,25% ao ano, afirmando que deve seguir com reduções dessa magnitude nas próximas reuniões, em busca da convergência da inflação para a meta de longo prazo. O BC salientou a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas pelo Governo para a ancoragem das expectativas de inflação, e, consequentemente, para a condução da política monetária. O Comitê de Política Monetária do BC reafirmou a importância da firme persecução dessas metas fiscais, para que os juros possam continuar caindo no país.

Do ponto de vista das empresas em que temos investido, no final de outubro começaram a sair os resultados do terceiro trimestre do ano. De nossas empresas, já saíram os resultados de Assaí e Carrefour (ambos em linha com nossas estimativas e apresentando fortes crescimentos de vendas e receitas após as aquisições e novas lojas inauguradas e convertidas nos últimos trimestres).

Temos grande expectativa pelo resultado da 3R Petroleum, que deverá apresentar o primeiro trimestre de resultado cheio, com todos os campos de petróleo já no portfólio da empresa e produzindo e num período em que o petróleo esteve em patamar mais elevado, acima dos U$ 80,00/barril. Esperamos um Ebitda acima dos R$ 500 milhões no trimestre.

No dia 30 de novembro, teremos nosso 17o Encontro Anual. Esperamos encontrar a todos que puderem estar presentes.

Desejamos um ótimo mês de novembro, com muita sabedoria, saúde e paz.

Obrigado por investirem junto conosco!

Economia

Tão simples.

Há muitos detalhes a serem analisados no resultado do PIB dos EUA do terceiro trimestre de 2023 e que valem uma análise. O crescimento de 4,9% (dados anualizados) continua sendo impulsionado pelo consumo das famílias, responsável por 55% desse resultado, seguido dos investimentos, com 30%. A surpresa aqui é as famílias continuarem com os gastos em patamar tão elevado, principalmente em bens duráveis, em meio a juros que, de acordo com os livros de macroeconomia, deveriam inibir esse comportamento. Mas, não! Em um ano, o gasto com bens duráveis aumentou nada menos que US$96 bilhões, dos quais US$ 59 bilhões em gastos com equipamentos de vídeo, áudio, informática, esportes e demais itens recreacionais e atingiu a marca de US$2 trilhões. Também vale destacar que nem mesmo o juro em 5,25% inibiu o consumo de veículos no país, alta de US$ 35 bilhões em um ano e atingindo os US$ 601 bilhões. Isso mesmo: as famílias destinam esse valor todo ano para a compra de veículos. Uma parte significativa desse consumo de veículos é atendida com importações, que totalizaram US$ 441 bilhões, o restante foi oferta das empresas locais. Aliás, por falar em importações, não poderia também deixar de citar a boa performance das exportações (+6,2%), com uma surpreendente marca de US$ 2,5 trilhões. Agora, vamos ver os investimentos. Nesse caso, não se deixe enganar pelos +8,4% do trimestre. Isso porque a maior parte desse resultado foi explicada pela alta nos estoques. Essa rubrica fica alocada dentro dos investimentos pois foram produtos fabricados e que, de alguma forma, ainda não foram consumidos, seja por mal planejamento com a compra ou fabricação deles, ou, então, uma mudança repentina na demanda. Flutuações nesse valor são normais e apenas valores muito elevados ou que apresentem vários trimestres consecutivos de alta/baixa que acabam acendendo uma luz vermelha. Veja o exemplo da pandemia: na passagem do Q2 de 2020 para o Q3, os estoques aumentaram US$ 380 bilhões e depois caíram US$ 240 bilhões nos três trimestres seguintes, na medida em que a economia começou a se normalizar. Dessa forma, a alta de US$ 65 bilhões desse Q3 de 2023 não dá para ser considerada anormal, mas influenciou bastante o resultado final dos investimentos. Para se ter uma ideia disso, os +8,4% final ficariam apenas +0,79% se retirássemos a influência da alta nos estoques. E, por incrível que pareça, foram mantidos devido à alta de +3,8% nos investimentos residenciais. Opa, como assim? O mercado imobiliário americano não está atravessando um ciclo ruim em meio a custos altos de financiamento? Sim, isso é verdade, mas os investimentos em residências aumentaram US$ 7 bilhões na passagem do 2Q para o 3Q. Porém, o total anualizado ficou em US$ 734 bilhões, muito abaixo dos US$ 915 bilhões que ocorreram no 1Q de 2021. Não foi à toa que deixei a análise da influência do Governo no final. Com os +4,6% de performance no 3Q de 2023, o Governo americano completa cinco trimestres consecutivos de elevação e atinge um PIB de US$ 3,8 trilhões. A maior parte aqui são os Estados e as localidades, que somam um PIB de US$ 2,3 trilhões. E o que sobra, que seria o Governo Federal, ainda tem uma grande parte destinada para gastos que são considerados de Defesa Nacional, com US$ 836 bilhões. Vale destacar que todas essas rubricas aumentaram os gastos no 3Q. Mas sabe o que chama atenção? Mesmo aumentando gastos, nunca o Governo foi tão pequeno em relação à economia americana. Atualmente, sua participação está em 17% do PIB e a tendência de queda dessa participação vem desde o final da Segunda Guerra Mundial, com alguns poucos sobressaltos. Como isso seria possível? Simples: os EUA possuem uma economia fundamentada no mercado, que gera dinheiro com negócios livres e uma enorme segurança jurídica. Consumidores podem importar US$ 2,8 trilhões em produtos dos mais diversos tipos, seja via internet ou via loja física, sem que se tenha o Governo para ficar dificultando essas transações. Os americanos vendem US$ 601 bilhões em automóveis todo ano no país, mas 73% desse valor chega via importações e, nem por isso, se diz que há desindustrialização. O mesmo acontece em diversas outras áreas da produção e consumo, além de um sistema tributário e contábil simples e eficiente. Parece tão simples e, mesmo assim, tem alguns que querem reinventar a roda.

Vokin GBV Aconcágua FIC FIA

Comentários dos Gestores

O mês de outubro apresentou novamente um incremento dos receios em relação aos juros nos EUA e no Brasil por motivos diferentes, porém com histórias similares: risco do aumento de déficits fiscais. Nesse contexto, o Vokin GBV Aconcágua fechou o mês com resultado de -1,47%, enquanto o Ibovespa fechou com -2,94%.

No Brasil, a Câmara debateu e aprovou a taxação de fundos exclusivos e offshore, passando a cobrar, na maior parte dos casos, 15% sobre os ganhos de ambos e com cobrança semestral para os fundos locais e anual para os do exterior. Estima-se uma arrecadação de R$20 bilhões com a medida, que agora segue para o Senado. O próximo projeto que deve ser votado é a fim da subvenção de ICMS, para a qual o Governo mandou uma MP e um projeto de lei para o Congresso, ambos com o mesmo objetivo: aumentar a arrecadação em R$35 bilhões. O presidente da Câmara, Arthur Lira, já falou que o projeto é prioridade. Se fosse apenas por isso, poderíamos dizer que o projeto do Governo de aumentar a arrecadação em R$168 bilhões no ano que vem estaria indo bem, porém, talvez pela demora em distribuir cargos que o centrão demandava ou pelas emendas parlamentares, o congresso prorrogou a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores até 2027, algo que deve impactar a arrecadação em R$11 a R$20 bilhões, dificultando o atingimento da meta. Não bastasse isso, o Presidente Lula desacreditou a meta de zerar o déficit no ano que vem ao dizer que não cortaria investimentos para atingi-la e que não veria problema em um déficit entre 0,25% e 0,5% do PIB. O resultado de tudo isso, aliado a juros maiores no exterior, foi um aumento da curva de juros no Brasil, que agora prevê uma Selic maior, acima de 10%, no final do ciclo de cortes.

Nos EUA, os juros futuros também mostraram trajetória de alta ao longo de boa parte do mês. Com a eclosão da guerra entre Israel e o Hamas no dia 07/10, o presidente Biden anunciou ajuda sem precedentes e propôs ao Congresso americano mais de US$100 bilhões em um pacote que destinaria recursos a Ucrânia e Israel. O debate quanto ao orçamento, que já estava acalorado nos últimos meses, ganhou novo capítulo com essa discussão e com a destituição do presidente da Câmara de Deputados. A ausência de consenso sobre quem ocupará o cargo e a possibilidade de um déficit ainda maior levaram os juros de 10 anos a atingirem a marca de 5%, o maior patamar em mais de 15 anos. Os juros mais altos no Brasil e no mundo fizeram as Bolsas caírem, afinal eles são o custo de oportunidade do dinheiro.

A queda do mercado nos últimos meses nos deu a oportunidade de comprar mais ações da Blau, que têm apresentado queda ainda mais forte por resultados operacionais abaixo da expectativa. O mercado de Imunoglobulina, medicamento

usado em casos de imunodeficiência e principal produto da Blau – que representava mais de 35% do faturamento – sofreu grande alteração durante a pandemia, após o Ministério da Saúde permitir a importação do produto sem o registro sanitário por outras empresas, levando a Blau a sofrer com perda de volume e de preço. Mesmo que o produto não esteja mais sendo importado sem o registro, os estoques seguiram altos e impactando o mercado por mais tempo que o incialmente previsto. Além disso, uma ampla gama de produtos de uso geral em hospital como relaxantes musculares, anestésicos e antibióticos vêm sofrendo aumento de competição, levando à queda de preços. Por outro lado, a companhia segue com o plano de investimento inalterado: (i) gastos com P&D, que hoje representam 12% da receita líquida e contribuem para queda do lucro operacional, geram a possibilidade da Blau lançar em torno de 10 novos medicamentos por ano, em comparação a um portfólio atual de pouco mais de 120; (ii) verticalização da produção em seus principais produtos. Com a entrada no mercado de coleta e fracionamento de plasma sanguíneo, matéria prima da Imunoglobulina, e uma planta recém lançada para produção de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) através do cultivo de bactérias, utilizado em uma ampla gama de produtos biológicos sendo o principal deles a Alfaepoetina que representa em torno de 25% da receita líquida. Em paralelo, a companhia também realizou a compra do laboratório Bérgamo, aumentando sua receita em 15% e fortalecendo o posicionamento da companhia no mercado oncológico e de toxina botulínica. Mesmo em um ano difícil como o atual, com perda de receita e aumento dos gastos com pesquisa e dos investimentos em novas frentes, a companhia terá um lucro líquido em torno de R$250 milhões com um retorno sobre o capital investido (ROIC) de 18%, mostrando a alta qualidade do negócio farmacêutico. Considerando o valor de mercado atual da Blau, vemos que o mercado atribui valor zero às novas iniciativas, o que nos dá conforto em seguir aumentando nossa posição. Além disso, vemos a Blau com um portfólio de medicamentos cada vez mais diversificado e com resultados menos sensíveis a oscilações em determinados segmentos de mercado.

Para os próximos meses, vamos ficar atentos ao orçamento no Brasil e os juros nos EUA, já que ambos podem impactar o mercado de ações. Também ficaremos atentos a novas medidas que o Governo pode tomar para aumentar a arrecadação e que podem impactar alguns setores, como intervenções na Petrobras ou a força tarefa que planejam para cobrar impostos em discussão de grandes empresas (agora que o voto de minerva do CARF foi alterado). Também será importante acompanhar as mudanças e votação da reforma tributária no Senado.

Vokin K2 Long Biased FIA

Comentários dos Gestores

A 3R anunciou a distribuição da 3a emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, com valor total de R$ 1 bilhão. As debêntures serão direcionadas exclusivamente para investidores profissionais e contarão com o procedimento de coleta de intenções para definir a taxa de remuneração. O vencimento das debêntures será de 10 anos a partir da data de emissão, e a taxa de juros anual será definida por meio do procedimento de bookbuilding, seja ela IPCA+ 2,4% ou uma taxa fixa de 7,8%. Os recursos obtidos serão destinados ao reembolso de gastos relacionados à implantação de projetos, nas bacias Potiguar e do Recôncavo, de revitalização de campos maduros de petróleo e gás natural.

A JBS inaugurou duas novas fábricas da Seara no complexo industrial de Rolândia/PR. Essas instalações representam um avanço na estratégia de expansão da Seara em produtos de valor agregado, especialmente em empanados de frango e salsichas. As novas plantas, que fazem parte de um plano de investimento de R$ 8 bilhões anunciado em 2019, serão altamente automatizadas e adotarão padrões globais de segurança sanitária. Além disso, incorporarão protocolos de sustentabilidade, como coleta de águas pluviais e geração de energia solar. A Seara espera impulsionar sua presença no mercado de salsichas com a entrada em operação da nova planta. A expansão em Rolândia também resulta na adição de 700 novos colaboradores, elevando o total de funcionários no complexo para 4,5 mil pessoas.

O Carrefour elegeu Pablo Lorenzo como Diretor Executivo de Operações (COO) da divisão da holding da Companhia. No papel de COO, ele terá a responsabilidade de supervisionar e coordenar estrategicamente as operações de varejo, incluindo Atacadão, Varejo e Sam’s Club. Com uma trajetória de mais de 26 anos no Grupo Carrefour, ele já ocupou diversas posições estratégicas, sendo seu cargo mais recente o de CEO do Carrefour Argentina.

A Ser Educacional anunciou a emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, no valor de R$ 200 milhões, com vencimento em 5 anos. As debêntures terão amortização semestral a partir do 18o mês, com remuneração a CDI+ 2,0% ao ano, e serão destinadas exclusivamente a investidores profissionais. Os recursos obtidos serão utilizados para o alongamento de dívidas da Companhia.

A Suzano aprovou um investimento de R$ 490 milhões para a produção de celulose fluff a partir de madeira de eucalipto, na ordem de 340 mil toneladas por ano, em Limeira/SP. Com esse investimento, a capacidade anual de produção de fluff da Companhia atingirá 440 mil toneladas até 2025. O investimento envolve a conversão de uma máquina de secagem de celulose, permitindo à empresa ter flexibilidade na produção de celulose para papel ou fluff. Em outro comunicado, a Suzano anunciou dois investimentos na unidade de Aracruz/ES no valor total de R$ 1,17 bilhão: (i) construção de uma fábrica de papel sanitário e conversão em papel higiênico e papel toalha, com capacidade de 60.000 toneladas por ano, estimado em R$ 650 milhões e início das operações previsto para 2026; (ii) construção de uma nova caldeira de biomassa, estimado em R$ 520 milhões, com a entrada em operação prevista para 2025. A Companhia ressalta que os investimentos não afetam a estimativa de CAPEX divulgada para 2023 e os desembolsos serão distribuídos entre os anos de 2024, 2025 e 2026, desconsiderando a monetização de R$ 130 milhões em créditos de ICMS.

A Tecnisa informou que a Prefeitura Municipal de São Paulo, por meio da São Paulo Urbanismo, publicou no Diário Oficial da Cidade de São Paulo os preços mínimos e quantidades de CEPAC a serem praticados no 1o leilão público da segunda distribuição de CEPAC da Operação Urbana Consorciada Água Branca. Serão oferecidos 400 mil títulos, dos quais 350 mil a partir de Certificados de Potencial Adicional Construção Residencial (CEPAC-R), enquanto o restante será não residencial. Essa definição é crucial para a decisão da administração da Companhia em relação ao empreendimento Jardim das Perdizes, no qual a Companhia tem participação.

A Bradespar aprovou a distribuição de R$ 680 milhões em proventos. Do valor total, R$230 milhões serão pagos na forma de dividendos e o restante em juros sobre o capital próprio, respectivamente nos valores líquidos de R$ 0,60 e R$ 1,00 por ação preferencial. Os valores representam um dividend yield de 7,27% sobre a cotação de fechamento na data do anúncio.

A Tim informou que o Tribunal da Câmara Arbitral homologou um acordo relacionado ao Ajuste Pós- Fechamento, celebrado entre a Companhia, a Telefônica eaClarodeumlado,eaOideoutro.Opreçofinalda parcela da UPI Ativos Móveis atribuída à TIM foi de R$ 6,68 bilhões, considerando o Ajuste Pós-Fechamento negociado no acordo. Em decorrência do acordo, todas as pendências e litígios entre a TIM e a Oi relacionados à aquisição da UPI Ativos Móveis serão encerrados, incluindo o procedimento arbitral para discussão do Ajuste Pós-Fechamento e o incidente processual que ordenou o depósito judicial do Valor Retido.

Vokin Everest FIC FIM

Comentários dos Gestores

O mês de outubro manteve o perfil de oscilação nos ativos de risco observado em boa parte do ano, com os mercados oscilando com boa volatilidade dentro do mês e muito dependentes de notícias de curto prazo, tornando complexa a gestão de ativos. Além disso, o mês foi marcado pelo início de outro conflito armado relevante, agravando ainda mais os riscos geopolíticos em um cenário global de baixo crescimento e com diversos focos de tensão entre países.

O título público americano (Treasury) de 10 anos seguiu o movimento de alta dos últimos meses e chegou próximo ao patamar dos 5,00%. Apenas como referência, o rendimento desse título, há três anos, estava próximo de 0,75%, um pouco acima de suas mínimas históricas atingidas alguns meses antes, próximo a 0,50%. Além da relevante magnitude do movimento nesse período, a alta recente tem sido bastante além do que era esperado pelo mercado, com a continuidade das pressões inflacionárias em meio a uma atividade econômica que se mantém resiliente mesmo com um forte ajuste monetário. Já no primeiro dia de novembro, o Comitê de Política Monetária do Banco Central dos Estados Unidos manteve inalterada a taxa básica de juros no intervalo entre 5,25% e 5,50% e, apesar do tom ainda cauteloso, deixando aberta uma eventual possibilidade de nova elevação, foi sinalizada a convergência de alguns dados econômicos para o esperado, o que aumentou a expectativa de que o ciclo de alta tenha se encerrado. Reduzida essa grande incerteza sobre o final do ciclo, que vale inclusive também para a Zona do Euro, a tendência é de que os ativos de risco voltem a ter desempenhos mais atrelados aos fundamentos macro e microeconômicos do que a essas oscilações erráticas que se observaram nos últimos meses.

No Brasil, o aumento da aversão a risco no ambiente internacional impactou, principalmente, a expectativa quanto à magnitude do ciclo de queda nas taxas de juros, que também teve impacto bastante negativo com as declarações do Presidente Lula sobre o não cumprimento da meta fiscal para 2024 e que abriram espaço para uma pressão do Congresso por aumento de gastos. O mercado de juros, que chegou a precificar que o ciclo de corte de juros se encerraria com a Selic próxima a 9,00% a.a., agora precifica próximo a 10,50% a.a. Também já no primeiro dia de novembro, o Banco

Central reduziu novamente a taxa Selic em 0,50 p.p., passando para 12,25% a.a. e com a sinalização de um novo corte na mesma magnitude para a próxima reunião.

O Ibovespa fechou com queda de -2,94% no mês, o dólar se manteve estável frente ao real, e ocorreu abertura da curva de juros reais, representando queda de -0,66% para o índice IMA-B, terceiro mês consecutivo de desempenho negativo.

O fundo Everest encerrou o mês praticamente estável com +0,03%, ante +1,00% do CDI, acumulando, no ano, alta de +6,49% ante +11,02% do CDI. O principal detrator de performance no mês novamente foi a exposição a favor da queda nas taxas de juros em países desenvolvidos, principalmente Estados Unidos, assim como as posições compradas em renda variável no Brasil. Destaques positivos para os fundos multimercado macro Kinea Atlas (+1,19% no mês), JGP Strategy (+1,14%) e o fundo de arbitragem de juros Quantitas Arbitragem (+1,13%). Os piores desempenhos foram dos fundos multimercado macro Gávea Macro Plus (-1,91%) e Kapitalo Zeta (-1,79%), e do fundo de ações long bias IP Value Hedge (-1,64%).

Foi efetuado um ajuste na carteira durante o mês, com a aplicação inicial no fundo Clave Alpha Macro. Trata-se de um fundo de perfil multimercado macro, com atuação nos mercados de renda fixa, renda variável, moedas e commodities. Apesar do fundo ser relativamente recente (início de junho de 2020), os principais membros da equipe de gestão possuem um longo histórico de atuação, entregando resultados consistentes e com baixa correlação com a indústria de multimercados. A estratégia tem aproximadamente R$ 5,5 bilhões e com 13 pessoas dedicadas à gestão.

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