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Carta 176Setembro 2019

Comentário do gestor

Prezados Coinvestidores,

Estamos vivendo um período novo na história da economia brasileira. Nossa taxa de juros nunca esteve tão baixa, hoje em 5,5% ao ano, e com boa probabilidade de diminuir ainda mais, para 5% ou 4,75% a.a. até o final de 2019.

O que tem permitido esta taxa de juros baixa é o controle da inflação, que está em 2,62% no ano e em 3,02% nos últimos 12 meses, e o controle do gasto público, que dá credibilidade às contas públicas e de que o governo vai honrar seus compromissos futuros.

Juros mantidos muito baixos (e até negativos) nos países desenvolvidos ao redor do mundo também têm nos ajudado.

Acreditamos que, mantido este cenário interno e externo, a taxa de juros brasileira deve permanecer baixa por um longo período tempo. Diferente de quando, no governo Dilma, a taxa caiu forçadamente para 7,25% ao ano (final de 2012 e início de 2013), voltando a subir para 14,25% (em 2015), pelo descontrole da inflação e dos gastos governamentais.

Este cenário de taxa de juros baixa tende a favorecer a nossa economia. Juros baixos demonstram estabilidade e confiança, favorecem e viabilizam novos investimentos e aumentam o crédito e o consumo.

É justamente pelo aumento do consumo das famílias e dos investimentos que acreditamos que nossa economia possa voltar a crescer mais daqui para a frente.

Depois dos anos recessivos de 2015 e 2016, quando nosso PIB encolheu -3,55% e -3,31%, e dos anos de baixo crescimento de 2017, 2018 e 2019, quando crescemos +1,06%, +1,12% e em torno de +1% neste ano, acredita-mos que, finalmente, em 2020 possa-mos ter um crescimento maior do que +2%.

Desta vez, os gastos do governo não ajudarão (não poderão ajudar!) no crescimento do PIB, já que o governo terá que manter o controle de gastos até equilibrar as contas públicas, mas isto será bom se conseguirmos manter juros baixos e crescer por méritos e por bons motivos, e não de forma artificial ou com estímulos errados.

Estes juros baixos ainda não chegaram completamente aos consumidores brasileiros mas, aos poucos, observamos quedas de juros nos financiamentos imobiliários, de automóveis, entre outros. Acreditamos que a queda de juros de dívidas de cartão de crédito e contas bancárias só devam acontecer com o aumento da concorrência no setor bancário. As fintechs (startups de financial + technology, que estão inovando e otimizando serviços financeiros) estão aí para isto.

Para as empresas (aí incluídas as em-presas em que investimos através de nossos fundos de ações), um cenário de juros baixos é muito positivo! Juros baixos diminuem os custos de dívidas contraídas para financiar investimen-tos e capital de giro das empresas.

Diminuição de custos permitem resultados melhores. E, por fim, juros baixos e resultados melhores favorecem o crescimento das empresas.

Entendemos que, neste momento, está havendo uma migração dos investimentos dos brasileiros. Depois de muitos anos em que investir em ações era um grande desafio por conta de juros altos, agora temos um ambiente favorável para empresas e investimentos em ações.

Estamos confiantes em aproveitar este momento, com o mesmo processo de análise detalhada e busca por comprar bem que sempre tivemos.

No ano, nossos fundos de ações Vokin GBV Aconcágua e Vokin K2 rendem +25,68% e +23,44%. No mesmo período o Ibovespa rende +19,18%.

Nosso Fundo Multimercado Vokin Everest rende +6,43% no ano, período em que o CDI rende +4,67%.

Investimos, não especulamos!

No longo prazo, os investimentos recompensam mais do que as especulações de curto prazo!

Muito obrigado pela confiança e por estarem junto conosco!

Economia

Informal ou proteção?

A última pesquisa do IBGE sobre o mercado de trabalho no Brasil revelou uma tímida queda da taxa de desemprego e estabilidade da renda real, movimento esse que já dura meses. A abertura dos números pode ajudar a entender um pouco desse cenário e extrair algumas considerações. Atualmente, temos 93,6 milhões de pessoas que são consideradas ocupadas e outras 12,5 milhões desocupadas. Daquele total, uma grande parte (62,7 milhões) é classificada como empregado; outros 4,3 milhões são empregadores; ainda temos aqueles que trabalham por conta própria (24 milhões); e, por fim, 2,1 milhões como “familiar auxiliar”. Em conjunto, essas são as pessoas que consideramos, pela pesquisa, “em atividade” hoje em dia e atuam tanto no setor público quanto privado. Além disso, para cada uma dessas características de ocupação, temos aqueles que são considerados formais (existem para o fisco e demais registros no Estado) e os informais, que já representam 41% do total das pessoas ocupadas. Destaca-se que esse é o maior percentual já atingido de informalidade no Brasil. Porém, os valores de informalidade mudam de acordo com a característica de ocupação. Dentre os empregados no setor privado, por exemplo, para cada 3 que possuem carteira assinada, há 1 que não assina, relação essa que se mantém relativamente estável desde que o IBGE iniciou essa pesquisa em 2012. Já dentre os trabalhadores domésticos, há quase 3 vezes mais pessoas que optam por não assinar carteira (4,5 milhões) do que aqueles que assinam (1,7 milhão). O que dizer então daqueles que trabalham por conta própria, em que temos 4 vezes mais pessoas que optam por não registrar seu negócio, obtendo um CNPJ e os “benefícios” decorrentes, do que os que formalizaram sua iniciativa. Que mensagem podemos tirar desses números? Parece claro que uma parcela significativa da população (39 milhões de pessoas) está mandando um recado aos formuladores de política pública que a atual estrutura do mercado de trabalho, regras de registro de empresas e o arcabouço jurídico no Brasil não estão adequados para o que desejam. Provavelmente, se uma parte dos 33 milhões que assinam a carteira pudesse optar por um outro modelo que lhe desse mais liberdade e mais sobra de recursos no seu bolso, eles optariam pela mudança. O fato é que, quem pode se “proteger” do guarda-chuva das leis trabalhistas e das garras tributárias do Estado, atuando por conta própria ou até não assinando a carteira, já o está fazendo. E esse movimento é crescente desde 2012, mas se acentuou com o cenário de crise econômica. Em um espaço de um ano, 749 mil pessoas passaram a trabalhar por conta própria sem CNPJ (+4% de aumento) e outros 340 mil com CNPJ (+7,5%). Estamos falando de um contingente de pouco mais de 1 milhão de pessoas. Dentre aqueles que atuam como empregado, mas sem carteira de trabalho, há um crescimento de 661 mil pessoas em um ano (+ 5,9%) e já somam o recorde de 11,8 milhões de pessoas. E ainda temos os trabalhadores domésticos, com queda de ocupação no grupo que assina carteira (-4%) e elevação nos que não assinam (+1,8%). Você se lembra da lei dos empregados domésticos de 2015? Veio com a intenção de garantir benefícios aos trabalhadores, mas parece que não produziu o efeito desejado. No trimestre encerrado em junho de 2015, uma parcela de 32% dos trabalhadores domésticos assinava carteira. Atualmente, o número é de 28%. As pessoas podem estar procurando atividades informais ou optando prestar um serviço ao invés de assinar a carteira, por vários motivos: i) não pagar tributos; ii) mais liberdade de escolha do que fazer e em que horário; iii) mais sobra de recursos no bolso; iv) por demanda do contratante; v) por falta de opção; vi) por desconhecimento, dentre outros. Alguns desses argumentos são difíceis de responder com as pesquisas existentes, sendo necessário realizar um survey específico. Mas, olhando para a renda real, podemos ver um movimento interessante. Os trabalhadores com carteira assinada recebem, em média, 53% a mais do que aqueles que não assinam carteira. Porém, desde o início de 2018 enquanto os primeiros experimentaram uma queda de 0,5% na renda real, os informais tiveram ganhos de 10% acima da inflação. Mas há um detalhe aqui. Estamos falando de salário bruto. Se deduzirmos os tributos e contribuições do trabalhador formal (apenas INSS e IR) teremos um salário líquido de R$ 1.981 e pode ficar ainda menor a depender de outras características do trabalho. E sabe por que muitas pessoas optam por trabalhar por conta própria, mas formalizando? A média de rendimento real mensal desse grupo é de R$ 3.098 e mesmo pagando 15% de tributos ainda assim vai ganhar 32% a mais que o trabalhador com carteira assinada. Os números do mercado de trabalho no Brasil sinalizam a importância e urgência de rompermos com a forma de pensar as relações de trabalho. Pelo visto, as pessoas estão mais se protegendo do Estado do que enxergando proteção com o modelo atual.

Vokin GBV Aconcágua

Comentários dos Gestores

Em setembro, o Vokin GBV Aconcágua fechou com resultado de -1,07%, enquanto o Ibovespa fechou com 3,57%.

A primeira metade do mês foi marcada por uma alta na bolsa brasileira que retomou o patamar dos 104 mil pontos, perto do recorde, na esteira de uma melhora das bolsas globais. Isso ocorreu porque, após os aumentos de tarifas impostas à China pelos EUA no mês passado, o presidente americano retomou as negociações com o país asiático e deu sinalização positiva de sua disposição para um acordo quando adiou o aumento de tarifas que já havia imposto.

Na metade do mês houve um ataque na Arábia Saudita que atingiu 5% da oferta global de petróleo nas instalações da Saudi Aramco, impulsionando o preço da commodity. Nos dias seguintes, a câmara americana abriu investigações para um impeachment de Trump e, mais para o final do mês, novos si-nais contraditórios sobre a guerra comercial vazaram na im-prensa, como a possibilidade de deslistagem de companhias chinesas nos EUA, o que arrefeceu a alta da primeira metade do mês. No Brasil, tivemos mais uma redução de 0,5% da Selic no mês e uma sinalização pós-reunião de que novos cortes virão, o que levou a mais quedas dos juros futuros e uma alta do dólar.

Nesse mês, ficamos atrás do Ibovespa principalmente porque não detínhamos Petrobras e Vale, que puxaram a alta do índice. Ainda assim, continuamos convictos de nossas escolhas e aproveitamos algumas quedas como oportunidades para comprar mais algumas empresas que gostamos. Foi o caso de Pão de Açúcar, que aumentamos gradualmente nos últimos meses e já é a segunda maior posição do fundo. Acreditamos que o mercado penalizou a empresa nos últimos meses por causa de sua reestruturação societária, que foi interpretada como sendo uma forma de o Casino facilitar sua saída da empresa mais para frente, já que está alavancado. No entanto, como investidores de valor, pensamos no negócio e não acreditamos que uma eventual venda de ações por parte do Casino deveria afetar o preço-justo da empresa. A rede Assaí, atacarejo da companhia, cresce ao redor de 20% ao ano há mais de 10 anos, praticamente dobrando seu market share no segmento nesse período e deve abrir +-20 lojas/ano pelos próximos anos, man-tendo o crescimento na casa dos dois dígitos. Hoje representando mais de 50% da receita, esse formato ainda beneficia a margem da empresa, já que é maior que dos outros segmentos. Acreditamos, também, que a margem desses outros segmentos – que vem apresentando números ruins – deve, aos poucos, retomar para patamares maiores após iniciativas tomadas recentemente. O preço da empresa, após nossa análise, parece distante do valor justo e por isso acreditamos que o case possa dar bons retornos para a carteira ao longo dos próximos trimestres.

Em outubro teremos que acompanhar os próximos passos da guerra comercial EUA x China, que deve continuar a ser o principal balizador dos mercados.

Vokin K2 Long Biased FIA

Comentários dos Gestores

Em setembro, estes foram os principais fatos ou comunicados ao mercado das empresas dos Fundos:

AES TIETE: comunicou que em 13 de setembro encerrou-se o prazo de exercício do direito de preferência para subscrição de ações e units relativas ao aumento de capital. Foram adquiridas 2.073.600 ações ordinárias e 8.322.678 ações preferenciais, totalizando R$ 21.408.015,10.

PÃO DE AÇÚCAR: noticiou que foi aprovada a alienação das ações do GPA detidas indiretamente pela Almacenes Éxito S.A ao grupo Casino. Adicionalmente, a Sendas Distribuidora (controlada do GPA) protocolou pedido de autorização da oferta pública de aquisição de até a totalidade das ações de emissão do Éxito, ao preço de 18.000 pesos colombianos (R$ 21,73 por ação na data da operação).

MINERVA: divulgou que foi aprovada a alienação de 400.000 ações mantidas em tesouraria em decorrência do exercício das opções de compra pelos respectivos beneficiários ao preço de R$ 5,60 por opção. A Companhia também obteve habilitação de 2 plantas para exportação à China, totalizando 3 plantas da Divisão Brasil que atendem o país asiático, com capacidade de abate de 4.340 cabeças/dia, representando 45% da capacidade da Divisão Brasil.

IOSCHPE-MAXION: informou ao mercado que obteve decisão favorável e com trânsito em julgado em ações judiciais que pleiteavam a exclusão do valor do ICMS da base de cálculo do PIS/ COFINS. As estimativas apontam um crédito já corrigido de R$ 140 milhões à companhia, valor que representa aproximada-mente 1,4% da receita dos últimos 12 meses.

DIMED: recebeu correspondência com intenção de compra de ações da companhia, em transação envolvendo os fundos IP Part. Master FIA BDR Nível I e FIA IP Seleção (vendedores) e o fundo KINEA Private Equity IV Master FIP Multiestratégia (comprador) de 8,13% de ações ordinárias e 32,58% das ações preferenciais, representando 10,56% do capital social.

FRAS-LE: apresentou suas receitas mensais. Em agosto de 2019, a receita líquida foi de R$ 103,2 milhões, crescimento de 2,3% em relação a 2018. No acumulado do ano, a receita líquida apresenta crescimento de 22,3% em relação a 2018 (R$ 894 milhões x R$ 732 milhões).

Vokin Everest FIC FIM

Comentários dos Gestores

O mês de setembro acabou não tendo destaques relevantes para os mercados, ainda que permaneçamos com notícias negativas vindas do exterior, como a continuidade dos fracos indicadores de atividade global, a indefinição acerca da guerra comercial e, ainda, um aumento na tensão política americana com o pedido de impeachment do presidente Trump, faltando praticamente um ano para as eleições. No Brasil, embora a decisão do Banco Central de reduzir a taxa básica de juros para 5,5% ao ano não tenho surpreendido, tanto os indicadores econômicos, quanto os comunicados do próprio Banco Central, sugerem a continuidade do movimento de cortes, com expectativa de que a Selic deverá encerrar o ano abaixo de 5,0%. No âmbito político, a pauta de reformas avançou de forma lenta, inclusive com ameaças de atraso da votação da reforma da previdência no Senado. Os dados da economia real doméstica continuaram apresentando pequenos sinais de melhora, mas ainda de forma bastante lenta.

Com relação ao desempenho mensal dos principais indicadores locais, a bolsa encerrou em alta (Ibovespa com +3,57% no mês), o dólar com leve alta contra o real (+0,63%) e fechamento das taxas de juros reais (levando à alta de 2,86% no IMA-B).

O fundo Everest encerrou o mês com alta de 0,32%, ante 0,47% do CDI, acumulando, no ano, rentabilidade de 6,43% ante 4,67% do CDI, ou seja, 137,8% do CDI no ano. Apesar do movimento favorável nos ativos de risco, o fundo acabou não se beneficiando de maneira significativa principalmente devido a uma postura mais defensiva adotada por diversos gestores desde o final do mês passado. Os destaques positivos foram os fundos Exploritas Alpha (+3,08% no mês), Paineiras (+1,83%) e Verde (+1,28%), sendo a maior parte dos ganhos obtidos com as posições compradas em bolsa e juros reais no Brasil. Entre os destaques negativos ficaram os fundos Gávea Macro Plus (-2,98%), GBV Aconcágua (-1,07%) e Apex Infinity 8 (-0,82%). No mês foi efetuada apenas uma alteração na carteira: a redução no fundo Exploritas Alpha com objetivo de reduzir parcialmente a exposição à risco ao gestor.

De maneira geral, tem ocorrido um aumento na dispersão dos resultados dos fundos multimercado, maior alocação do Everest, reforçando a ideia de que, atualmente, não há oportunidades de consenso entre os gestores (seja em juros, câmbio ou bolsa), ao contrário do que vinha ocorrendo em diversas ocasiões no passado recente. Esses momentos favorecem o fundo em termos de diversificação das posições na carteira. Para outubro, os principais eventos locais a serem monitorados serão a economia total gerada com a aprovação final da reforma da previdência no senado e, próximo ao final do mês, mais uma decisão do Banco Central sobre a Selic, com expectativa de redução de pelo menos 0,25 pontos percentuais.

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