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Carta 247Agosto 2025

Comentário do gestor

Prezados Coinvestidores,

Encerramos agosto de 2025 com rentabilidades acumuladas, no ano, de +25,98% e +25,82% nos Fundo Vokin GBV Aconcágua D15 e D30, e +19,95% no Fundo Vokin K2, período em que o Ibovespa acumula rentabilidade de +17,57%.

No mês, as rentabilidades foram de +5,17% e +5,15% para os Fundos Vokin GBV Aconcágua D15 e D30; +3,17% para o Fundo Vokin K2; e +6,28% para o Ibovespa.

Em agosto, os investidores estrangeiros entraram com R$ 1,2 bilhão na bolsa brasileira. No acumulado do ano, o fluxo de capital estrangeiro está positivo em R$ 21,2 bilhões.

Os investidores institucionais retiraram R$ 1,3 bilhão em agosto. No acumulado do ano, a retirada totaliza R$ 3,1 bilhões.

Os investidores individuais retiraram R$ 1,4 bilhão em agosto. No ano, o investimento de pessoas físicas está positivo em R$ 8 bilhões.

As instituições financeiras aportaram R$ 1,0 bilhão em agosto. No ano, acumulam aportes de R$ 4,6 bilhões.

No acumulado do ano, portanto, os investidores estrangeiros, com saldo líquido de R$ 21,2 bilhões, seguidos dos investidores individuais, com R$ 8 bilhões, e das instituições financeiras, com R$ 4,6 bilhões, são os maiores compradores da bolsa brasileira. Somente os investidores institucionais, com saldo negativo de R$ 3,1 bilhões, mais venderam do que compraram bolsa neste ano, provavelmente pela atratividade de títulos públicos que estão pagando IPCA mais um juro real alto, que faz com que os fundos de pensão atinjam as suas metas atuariais com segurança.

Agosto foi um mês positivo para os mercados globais, especialmente pelo fechamento da curva de juros americana depois que o presidente do FED (Banco Central Americano) sinalizou um possível corte de juros a partir da próxima reunião do Comitê de Política Monetária, marcado para os dias 16 e 17 de setembro, mesmos dias da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil.

Jerome Powell, em seu discurso no Simpósio de Jackson Hole, indicou que o Payroll (relatório mensal de criação de empregos e do desemprego americano) abaixo das expectativas e revisões negativas para os meses anteriores adicionaram chances de cortes de juros para este ano.

Juros em queda nos Estados Unidos é um bom estímulo para a economia global.

Enquanto isso, aqui no Brasil, seguimos com o maior patamar de juros dos últimos 19 anos: 15% ao ano!

Quem é o maior tomador de empréstimos no Brasil? Quem é que está pagando um caminhão de juros todos os anos? O próprio Governo.

Por que o Governo deveria buscar um equilíbrio fiscal maior e conter o crescimento da dívida pública? Para pagar juros mais baixos, e para que, assim, toda a economia operasse com juros mais baixos.

Esse é um assunto que pouco se fala – o enorme custo dos juros altos para o próprio Governo e para toda a economia.

Mas juros não se baixam apenas por vontade pública dos governantes. Juros baixos pressupõem um credor responsável e de baixo risco, e uma inflação sob controle.

Se estamos suportando um crescimento econômico com juros muito altos, imaginem o potencial do crescimento da economia brasileira com juros baixos e investimentos privados maiores.

Um dado impressionante, e que exemplifica bem o potencial da economia brasileira, é que, em 2005, o Brasil produziu 115 milhões de toneladas de grãos. Em 2025, a produção foi de 336 milhões de toneladas, ou seja, multiplicamos por 3 a produção agrícola em 20 anos. E temos um grande potencial de produzir muito mais.

O Brasil é um país riquíssimo! Temos tudo para ser uma economia de primeiro mundo.

Peter Drucker disse que não existem países subdesenvolvidos, existem países sub administrados.   

Acreditamos que os juros começarão a cair aqui também em dezembro deste ano ou no começo de 2026.

Juros mais baixos reduzirão as despesas financeiras e melhorarão os lucros das empresas.

Muitas empresas brasileiras seguem muito baratas e com operações e resultados controlados, apesar dos juros altíssimos.

O potencial de valorização dessas empresas é muito grande, especialmente se a queda de juros for estrutural.

Nós investimos sempre pensando no longo prazo das empresas, e esperamos ser bem recompensados por essa paciência e resiliência que tanto necessitamos no Brasil.  

Seguimos acompanhado de perto as empresas em que estamos investindo e seus resultados, com seriedade e responsabilidade na alocação do patrimônio a nós confiado.

Neste ano, estamos com um resultado satisfatório, rendendo bem acima do CDI e do que o Ibovespa.

Nosso Fundo de Fundos Vokin Everest também supera o CDI no ano, com resultado acumulado de +9,13% até o final de agosto.

Desejamos um ótimo mês de setembro para todos, com muita saúde, paz e sabedoria.

Obrigado por investirem juntos conosco!

Abraços

Economia

Vamos escolher lado?

O acirramento das disputas geopolíticas vai afetar os investimentos e o fluxo de comércio mundial nos próximos anos, principalmente para atividades ligadas ao que se entende como estratégico. Nesse grupo devem entrar empresas que fornecem insumos ou produtos militares; de inteligência, como chips de processamento, placas de vídeo, desenvolvimento de algoritmos de IA; e se estendendo a bens de consumo da população, mas que tenham tecnologia embarcada como veículos, drones, celulares e até robôs usados para limpeza. Isso porque, com o avanço dessas tecnologias, ficou barato incorporá-las a qualquer eletrônico. Acontece que isso também tem uma leitura de propriedade e segurança de dados e, como sabemos, esses são o novo petróleo em um mundo extremamente conectado. Provavelmente seremos, cada vez mais, empurrados a fazer uma escolha para uma determinada empresa apenas porque ela faz uso de uma tecnologia específica de GPS ou de Inteligência Artificial ou, ainda, de tipo e local de processamento desses dados. Tanto é que os novos investimentos em “Data Centers” não consideram apenas o preço da energia, mas também se o país em questão pode usar chips produzidos na China ou nos EUA. Bem como os modelos de carros só podem ser vendidos em alguns países se usarem uma tecnologia produzida por alguém considerado confiável. Pode parecer paranoia, mas isso já está em curso e vai demandar que o Brasil se posicione. Os EUA e a Europa, por exemplo, estão restringindo a entrada de veículos e itens que carreguem inteligência artificial produzida na China, e vice-versa, por acreditarem que isso colocaria em risco segredos de Estado. Mas o Brasil talvez possa optar por receber ambos. Até porque a posição histórica do país sempre foi, até então, de neutralidade política no ambiente internacional. O mesmo raciocínio poderia ser aplicado ao recebimento de investimentos estrangeiros ou negociações comerciais. Na verdade, pelo menos até agora, o mundo nunca viu as exportações brasileiras para países sancionados, ou considerados adversários do Ocidente, como um problema ou uma ameaça a geopolítica. Na Guerra fria, o Brasil exportava café, carne, soja e açúcar para a URSS. A África do Sul foi sancionada entre 1970-1990, mas o Brasil seguiu exportando para aquele país, bem como sempre mantivemos exportações, mesmo que pequenas, para Cuba. E o caso mais recente é o Irã, com o Brasil enviando carne, açúcar, milho e minério. O ponto que conecta essas decisões sempre foi o tipo de sanção feita. Se ela era unilateral, ou seja, dos EUA, OTAN ou da União Europeia, o Brasil seguia exportando. Quando as sanções eram da ONU, como foi o caso da Líbia e Iraque a partir dos anos 1990, o Brasil cumpria. E o que mudou agora? O ponto mais relevante é que a ONU perdeu importância nas decisões multilaterais, e o exemplo mais claro disso foi a mais recente reunião feita nos EUA com países europeus para discutirem o fim do conflito na Ucrânia. O ambiente natural onde isso ocorria no passado era na ONU. Agora, foi na Casa Branca, o que significa dizer que, provavelmente, esses países venham a não tolerar mais a continuidade de relações comerciais com países sancionados. Tanto é que está sendo discutido pela UE o 19º pacote de sanções a Rússia, com a novidade que, agora, o desenho dele será em conformidade com as demandas dos EUA e deve envolver penalidades a países que continuem a comprar energia da Rússia, como é o caso do Brasil. São as chamadas “sanções secundárias”. Veja que, antigamente, se não passasse pela ONU, podíamos continuar a manter as relações comerciais com esses países sancionados. Agora, o jogo mudou. Sem um palco como a ONU para “amenizar” as tensões geopolíticas, tudo pode acontecer e qualquer discurso ou posicionamento tem o poder de abalar a diplomacia com repercussões importantes para o mundo dos negócios. E é nesse ambiente que vem se desenhando uma transição de um Brasil que sempre manteve fortes conexões com os EUA e Europa em direção à China. Isso vale para o uso do dólar como moeda de referência, modelos de contratos e uma série de outros prismas que moldam a sociedade. Para ficar apenas na questão econômica, cito a colocação corriqueira de que o fato da China ser o nosso maior parceiro comercial reduz os riscos dessa transição. Essa é uma avaliação superficial do problema. De fato, a China hoje compra do Brasil US$ 95 bilhões ao ano o que dá 30% de tudo. Mas há um porém aqui. Esse valor se aplica basicamente a 4 produtos (soja, minério de ferro, petróleo e, mais recentemente, carne) que, juntos, somam 86% de tudo o que exportamos para o país. Ao passo que, para os EUA, por exemplo, o Brasil exporta 5 mil diferentes produtos e, para a União Européia, são outros 5,4 mil. A China não tem como produzir soja, nem minério de ferro e não tem petróleo, por isso que precisa importar. Mas essa lógica não se aplica a produtos industrializados, serviços e muitos outros itens de alimentos que ela pode processar e gerar empregos internamente. Além disso, existe uma história de investimentos e relações comerciais com o Ocidente que não podemos desprezar. Os últimos dados do Banco Central apontam que temos 17,5 mil empresas com participação de estrangeiros no Brasil, das quais 8,6 mil de Europeus e 3,8 mil de americanos, com a China ficando com apenas 172. Os estrangeiros têm alocado no Brasil um total de US$ 1 trilhão em participação de capital e os EUA representam 24% desse total, com o segundo país da lista a Holanda, com 18%. A China tem investido no Brasil apenas US$ 2 bilhões. Investidores do México, Chile e Colômbia tem mais recursos alocados nas empresas no Brasil do que os Chineses. Acontece que, no mundo dos negócios, não precisamos pensar de maneira excludente. Podemos atrair capital Chinês para investimento e fazer acordos comerciais sem que isso leve a prejuízos com o que já possuímos com outros países. Acontece que, hoje, a geopolítica impõe algumas restrições e a nossa sociedade vai ser moldada por essas escolhas.

Estratégia Vokin GBV Aconcágua

Comentários dos Gestores

Em agosto, tivemos alta importante das ações brasileiras, que levaram o Ibovespa para próximo do seu recorde histórico no final do mês. Recorde este que havia sido atingido no início do mês anterior.

O resultado positivo teve contribuição da sinalização de proximidade de cortes de juros nos EUA. O Presidente do Banco Central americano disse estar mais preocupado com a situação do emprego do que com a inflação, mudando um pouco o discurso que vinha adotando há vários meses. O mercado já trabalha com dois a três cortes de juros neste ano, com o primeiro começando em setembro. A despeito disso, Trump criou desconforto nos investidores com uma tentativa de interferência no comitê que decide os juros, tentando demitir uma membra acusando-a de fraude fiscal. O assunto ainda não foi resolvido, mas se colocou em dúvida a manutenção da credibilidade das decisões em caso de interferências com essa.

No Brasil, o Governo apresentou programa de ajuda às empresas atingidas pelas tarifas americanas, mas os gastos estimados de R$9,5 bilhões deverão ficar fora do limite do arcabouço fiscal. Além disso, o Governo conseguiu ampliar o limite de gastos do arcabouço para o ano que vem em R$12,4 bilhões, com um dispositivo específico para esse fim incorporado na PEC que tratava do limite de pagamento de precatórios para estados e municípios. O projeto de orçamento para o ano de 2026, apresentado no final do mês, superestima receitas, segundo o TCU. Será um desafio grande para o Governo aprovar as medidas arrecadatórias para cumprir a meta de 0,25% do PIB de superávit primário do ano que vem.

O Vokin GBV Aconcágua e o Vokin GBV Aconcágua 30 fecharam com resultado de 5,17% e 5,15% no mês, respectivamente, enquanto o Ibovespa fechou com resultado de 6,28%.

Uma empresa que, gradualmente, aumentamos participação desde dezembro de 2023 é o frigorífico Minerva, tema da carta mensal de janeiro de 2024. A empresa tem capacidade diária de abate de 42 mil bovinos em 38 unidades fabris espalhadas no Brasil (54%), Paraguai (19%), Uruguai (9%), Argentina (14%) e Colômbia (4%). Ainda, há uma joint-venture de abate ovino na Austrália, sendo 30% detido pelo fundo saudita SALIC, com capacidade diária de 26 mil cabeças.

A América do Sul segue ganhando relevância na produção e exportação de carne bovina, aproveitando suas vantagens climáticas e demográficas. A região representa 25% do rebanho mundial, 26% da produção e 41% da exportação. A Minerva deve produzir 2 milhões de toneladas em 2025 e exportar 1,2 milhão de toneladas, representando 12% da produção e 22% da exportação da região. A empresa fica atrás da JBS em produção, porém já lidera na exportação.

Em agosto, os EUA passaram a taxar em 50% a importação de carne bovina proveniente do Brasil. Os EUA passam por um momento delicado na produção bovina, pois seu rebanho está reduzindo devido a secas e conversão de terras pecuárias para agricultura. A redução da oferta de bois fez os frigoríficos norte-americanos apresentarem prejuízos em 2024. Tão logo as tarifas entraram em vigor, o preço da carne bovina subiu e o Brasil passou a exportar mais para o México que, por sua vez, passou a exportar sua produção para os EUA. A Minerva usará seus frigoríficos fora do Brasil para continuar a exportar para o país.

O consumo de carne bovina segue crescendo no mundo, puxado pela China e prejudicado pela Europa e EUA. A ascensão da renda chinesa possibilita um aumento no consumo da proteína mais cara, enquanto mudanças de hábito dos europeus e dos americanos reduzem seu consumo. O Brasil representa 47% das importações de carne da China. Graças aos avanços sanitários aqui no Brasil, o Japão e a Coréia do Sul analisam a abertura de seus mercados para nossos produtos.

Desde 2011, a Minerva vem conseguindo uma rentabilidade operacional média de R$2,00 por quilograma vendido. No 2T25, por exemplo, teve um custo médio de R$25,4/kg e vendeu a um preço médio de R$27,5/kg. Com um volume de 2 milhões de toneladas, estimamos um EBITDA de aproximadamente R$4,7 bilhões para 2025. Conservadoramente, consideramos que o atual momento positivo do ciclo bovino da América do Sul deve arrefecer nos próximos anos. A geração de caixa da empresa, somada ao aumento de capital recente e uma liberação de estoques nos EUA levará a alavancagem para baixo de 3 vezes o EBITDA ao final de 2026. Cientes dos riscos do endividamento em um setor cíclico, limitamos o tamanho da posição no fundo e observamos com atenção o desempenho da empresa. Ainda assim, vemos um upside importante.

Para o próximo mês, será importante monitorar a relação do Brasil com os EUA. A decisão de Lula, no final de agosto, de usar a lei de reciprocidade contra os americanos, aliado a decisão de Flávio Dino de afastar a eficácia automática de leis estrangeiras no Brasil, e o julgamento de Bolsonaro nas duas primeiras semanas de setembro têm potencial para fazer os EUA imporem novas medidas contra o Brasil em setembro. O Presidente Trump continua falando que o Brasil não é bom parceiro comercial e já ameaçou ampliar tarifas para quem importa petróleo Russo, caso do Brasil.

Vokin K2 Long Biased FIA

Comentários dos Gestores

A Suzano comunicou que o volume de produção de celulose de mercado da companhia no ciclo operacional dos próximos 12 meses será, aproximadamente, 3,5% inferior do que sua capacidade de produção anual. A decisão se baseia no fato de que tal volume de produção não traria retorno adequado para a companhia em um momento de mercado de celulose mais desafiador. Em outro comunicado, a empresa anunciou a realização da primeira emissão de 2 milhões de cédulas de produto rural com liquidação financeira, escriturais, em até três séries. O valor unitário será de R$ 1 mil, com um montante total de R$ 2 bilhões, sendo emitidas, no máximo, 500 mil CPR-Fs da primeira série e, no mínimo, 750 mil CPR-Fs da segunda e terceira séries. A emissão recebeu o rating AAA(bra) da Fitch Ratings. Ainda, a Suzano atualizou a estimativa de CAPEX relativo ao exercício de 2025, de R$ 12,4 bilhões para R$ 13,3 bilhões.

A Minerva aprovou a proposta de redução do capital social, no montante de R$ 577 milhões, para absorção dos prejuízos acumulados constantes das demonstrações financeiras da companhia referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2024. A redução será realizada sem cancelamento de ações, com o capital social da empresa continuando dividido em 994 milhões de ações ordinárias, e a cifra do capital social alterando de R$ 3,6 bilhões para R$ 3,1 bilhões.

A Petrobras informou a conclusão da cessão da integralidade de sua participação nos campos de Cherne e Bagre, localizados em águas rasas na Bacia de Campos, para a Perenco Petróleo e Gás do Brasil Ltda. Os campos tiveram sua produção interrompida em março de 2020 e as respectivas instalações de produção estão hibernadas desde então. Em outro comunicado, a empresa informou a aprovação do pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio intercalares no valor de R$ 8,6 bilhões, equivalente a R$ 0,67 por ação ordinária e preferencial, como remuneração antecipada aos acionistas, relativo ao exercício de 2025. O valor será pago em duas parcelas de R$ 0,33 por ação, com pagamentos em 21 de novembro de 2025 e 22 de dezembro de 2025, sendo beneficiados os acionistas registrados em 21 de agosto de 2025.

O Banrisul anunciou a deliberação da aprovação dos termos e condições da quarta emissão de letras financeiras com cláusula de subordinação para composição do Nível II do Patrimônio de Referência do Banrisul (LFSN), no valor total de R$ 300 milhões. Serão emitidas até 1 mil LFSN, com valor nominal unitário de R$ 300 mil, com juros remuneratórios correspondentes a 100% da variação acumulada das taxas médias diárias da Taxa DI, acrescida exponencialmente de sobretaxa equivalente a 1,65% ao ano, com prazo de vencimento de 10 anos e possibilidade de resgate a partir do quinto ano.

A Brava comunicou que foram liquidados, pela Yinson, os recebíveis atrelados ao financiamento da companhia ao projeto de adaptação do FPSO Atlanta. A transação contempla recebimento de U$ 260 milhões e proporcionará efeitos positivos na geração de caixa operacional pelos próximos três anos, em valor presente estimado acima de U$ 40 milhões.

O Banco do Brasil revisou o payout para o exercício de 2025, fixando-o em 30%, via juros sobre capital próprio e/ou dividendos e, com isso, o pagamento aos acionistas referente ao terceiro trimestre de 2025 será pago integralmente em 11 de dezembro de 2025, não havendo o pagamento antecipado referente ao período. A empresa também revisou algumas de suas projeções corporativas para 2025, com mudanças na Carteira de Crédito (de 5,5% a 9,5% para 3% a 6%), Carteira Sustentável (de 7% a 11% para 7% a 10%), Margem Financeira Bruta (R$ 102 bilhões a R$ 105 bilhões), Custo do Crédito (R$ 53 bilhões a R$ 56 bilhões), e Lucro Líquido Ajustado (R$ 21 bilhões a R$ 25 bilhões).

A Hapvida informou a celebração de contrato vinculante de aquisição de 100% do capital social do Hospital de Oncologia do Méier, de propriedade da Oncoclínicas, no Rio de Janeiro. O hospital é atualmente especializado em oncologia, com cerca de 80 leitos, 4 salas cirúrgicas, consultórios ambulatoriais, centro de diagnóstico por imagem e serviço de radioterapia integrado. O preço de aquisição, estimado em R$ 5,3 milhões, será ajustado por dívida líquida e capital de giro na data de fechamento.

A Grendene anunciou distribuição antecipada de dividendos referente ao resultado líquido apurado até 30 de junho de 2025, no valor de R$ 103 milhões. O valor por ação a ser distribuído é de R$ 0,11, beneficiando os acionistas na base acionária de 21 de agosto de 2025 e com o pagamento ocorrendo a partir de 10 de setembro de 2025. Em outro comunicado, a empresa deliberou e aprovou o aumento do valor do limite para investimentos pela companhia, passando de R$ 850 milhões para R$ 1,2 bilhões.

Vokin Everest FIC FIM

Comentários dos Gestores

No mês de agosto, as incertezas trazidas pela política tarifária do Presidente Donald Trump se dissiparam parcialmente com a ocorrência de avanços importantes nas negociações com Japão e União Europeia, apesar da imposição de novas tarifas relevantes para a Índia relacionadas a um maior alinhamento do país com a Rússia. Nos Estados Unidos, os principais índices de ações voltaram a atingir máximas históricas impulsionados principalmente pela divulgação de resultados superando as estimativas e pelo aumento na expectativa de corte na taxa de juros já na reunião de setembro após discurso de Jerome Powell, Presidente do Banco Central norte-americano, que sinalizou avanços no combate à inflação. As projeções do mercado sinalizam corte de até 0,75 p.p. na taxa básica de juros do país ainda neste ano, que hoje está no intervalo de 4,25% – 4,50%.

No Brasil, o ambiente político e institucional permaneceu instável com os desdobramentos da imposição de tarifas impostas pelos Estados Unidos no mês anterior, incluindo também sanções contra o Ministro Alexandre de Morais. O Governo Federal anunciou medidas de apoio aos setores mais afetados, assim como tem se manifestado pela busca de novos mercados para as exportações do país, além de sinalizar intenção de retaliação. Por outro lado, o Supremo Tribunal Federal restringiu a validade de decisões estrangeiras no país, trazendo incerteza jurídica para empresas com atividades em outros países, principalmente bancos nacionais com operações nos Estados Unidos.

Ainda no início do mês, o Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil decidiu por manter a taxa básica de juros em 15,00% a.a. destacando os impactos incertos da imposição de tarifas dos Estados Unidos e a necessidade de prudência nesse contexto. O Comitê ressaltou que os juros deverão permanecer em patamares elevados por um longo período, sendo que, com relação as projeções de mercado, segue a expectativa de início do ciclo de cortes apenas no ano que vem, ainda que exista a possibilidade de cortes já no final deste ano.

Após ter encerrado o mês de julho em queda, o Ibovespa apresentou forte recuperação em agosto e fechou o mês com alta de +6,28%, melhor desempenho mensal em um ano e atingindo seu maior patamar histórico. O real se valorizou +3,05% frente ao dólar, em linha com o movimento de desvalorização global do dólar, e houve fechamento das taxas de juros reais, impactando em alta de +0,84% no índice IMA-B. Para outubro há grande expectativa com relação ao julgamento do ex-Presidente Jair Bolsonaro no STF, incluindo não só seus impactos políticos no país, assim como possíveis novas medidas do Governo Trump contra o Brasil, em meio a um ambiente econômico que deverá apresentar sinais mais claros de desaceleração na atividade.

O fundo Everest encerrou o mês com valorização de +2,06%, ante +1,16% do CDI, acumulando, no ano, alta de +9,13% ante +9,03% do CDI. O desempenho foi impactado positivamente pelos fundos com maior exposição em renda variável, assim como a classe de fundo multimercados macro como um todo que também apresentou resultados bastante positivos. Destaques no mês para o fundo de ações long biased SPX Falcon (+6,82%), do multimercado macro Itaú Optimus (+5,44%) e do fundo de ações long only Vokin GBV Aconcágua (+5,15%). Os piores desempenhos vieram dos fundos Kinea Atlas (+0,23%), Quantitas Arbitragem (+0,74%) e da exposição direcional em NTN-B 2035 (+0,58%), não havendo estratégia com resultado negativo no mês. Em agosto, foi efetuada um ajuste na carteira com o resgate total do Gávea Macro Plus, fundo que vem apresentando resultados bastante aquém do esperado em vários períodos de análise.

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