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Carta 246Julho 2025

Comentário do gestor

Prezados Coinvestidores,

Encerramos o sétimo mês do ano de 2025 com rentabilidades acumuladas, no ano, de +19,78% e +19,67% nos Fundo Vokin GBV Aconcágua D15 e D30, e +16,26% no Fundo Vokin K2, período em que o Ibovespa acumula rentabilidade de +10,63%.

No mês de julho, as rentabilidades foram de -0,55% e -0,57% para os Fundos Vokin GBV Aconcágua D15 e D30, -1,63% para o Fundo Vokin K2 e -4,17% para o Ibovespa.

Em julho, os investidores estrangeiros retiraram R$ 6,4 bilhões da bolsa brasileira, resultado de compras acumuladas de R$ 271,6 bilhões e vendas de R$ 278 bilhões.

Esse fluxo negativo dos investidores estrangeiros aconteceu após o dia 9 de julho, quando o Presidente Trump comunicou taxas de 50% para a entrada de produtos brasileiros nos EUA a partir de 1º de agosto.

Na véspera do dia 1º, entretanto, os EUA anunciaram a manutenção dos 50% de tarifas, mas com várias exceções – o que foi um alívio para alguns setores e empresas brasileiras.

Apesar do fluxo negativo de julho, no acumulado do ano, o fluxo de capital externo segue positivo para a bolsa brasileira em R$ 20,1 bilhões.

Além dos investidores estrangeiros, que são importantes investidores na bolsa brasileira, no acumulado do ano, os investidores institucionais estão com fluxo negativo de R$ 1,9 bilhão, os investidores individuais com fluxo positivo de R$ 9,3 bilhões e as instituições financeiras com fluxo positivo de R$ 3,6 bilhões. E foram esses fluxos, majoritariamente positivos, que fizeram com que o Ibovespa acumule alta no ano e nossos fundos altas maiores.

Também na última semana de julho, foram decididas as manutenções das taxas básicas de juros tanto nos EUA, entre 4,25% e 4,5% ao ano, como no Brasil, em 15% ao ano.

É bom lembrarmos que estamos com o maior patamar de juros desde 2006 no Brasil.

Esses juros altíssimos são péssimos para a economia, mas necessários para o combate da inflação. O ideal seria um controle fiscal maior do Governo, que ajudaria no controle da inflação sem a necessidade de juros tão altos, mas não é esse o caminho escolhido pelo atual Governo.

Olhando para o copo meio vazio, vemos um juro altíssimo no Brasil. Olhando para o copo meio cheio, vemos que devemos estar no limite da alta de juros e que, daqui para a frente, os juros tendem a baixar, possivelmente já no final de 2025.

Juros altos afugentam investimentos em bolsa, mas estamos vendo muitas empresas brasileiras tão baratas que, mesmo com juros altos, as empresas são muito atrativas, especialmente quando pensamos como investidores de longo prazo.

Já tivemos períodos em que tínhamos dificuldade em comprar ações com um bom desconto e uma boa margem de segurança (com um potencial de alta de pelo menos 30%, que é o que exigimos para comprar bem), mas atualmente temos muitas empresas nestas condições, fazendo com que tenhamos, hoje, mais de 20 empresas investidas em nossa carteira.

Estamos no meio da temporada de divulgação de resultados das empresas no 2º trimestre de 2025, sendo que algumas das empresas que temos em carteira, como Bradesco, Gerdau e Vale, já divulgaram seus resultados.

Bradesco veio com lucro líquido de R$ 6,1 bilhões no 2º trimestre, acumulando R$ 22,3 bilhões nos últimos 12 meses. Hoje, o banco vale 7,5x o lucro líquido dos últimos 12 meses, e os lucros vêm melhorando trimestre a trimestre.

Metalúrgica Gerdau veio com lucro líquido de R$ 300 milhões, acumulando R$ 1,13 bilhão nos últimos 12 meses. Hoje, a empresa vale 7,9x o lucro líquido dos últimos 12 meses e acreditamos que a forte posição da empresa nos EUA trará bons resultados, especialmente agora que existem tarifas para importação de aço no país.

E Vale (posição que temos indiretamente pela posição comprada em Bradespar, que só tem ações da Vale na carteira, e cujas ações detidas valem mais do que a empresa) veio com lucro líquido de R$ 12,1 bilhões, acumulando R$ 30 bilhões nos últimos 12 meses. A Vale, hoje, está com a relação Preço/Lucro de 8,4x o lucro líquido dos últimos 12 meses.

Essas 3 posições nos dão uma pequena amostra de que as empresas em que estamos investindo hoje são bem lucrativas, mesmo num cenário de juros altos, e estão valendo menos de 10x o lucro anual – o que é um forte indicador de que as empresas estão baratas para se investir.

Se uma empresa vale 10x o lucro (Preço/Lucro), significa que o lucro é de 10% do valor da empresa (Lucro/Preço). Se uma empresa vale 7,5x o lucro (P/L) significa que o lucro é de 13,33% do que vale a empresa (L/P).

E são empresas líderes em seus setores, de produtos ou serviços necessários e recorrentes, com tendência de manutenção da rentabilidade.

Com quedas de juros, essas empresas tenderão a valer mais do que valem hoje.   

Nesta e na próxima semana teremos a divulgação de todos os resultados do 2º trimestre, e estamos acompanhando esses resultados dia a dia, vendo se estão vindo dentro de nossas expectativas e modelos.

Nosso trabalho é fazer contas e ir conferindo e ajustando nossos valuations ao longo do tempo. Só assim poderemos seguir investindo com segurança.

O acompanhamento das empresas e de seus resultados são de vital importância no nosso dia a dia.

Neste ano, estamos recuperando o resultado frente ao Ibovespa. Nos últimos muitos anos temos superado o Ibovespa, com exceção de 2024, mas esperamos que 2024 tenha ficado para trás.

Seguimos atentos e trabalhando por melhores resultados e, especialmente, pela proteção do capital investido.

Desejamos um ótimo mês de agosto para todos, com muita saúde, paz e sabedoria.

Obrigado por investirem junto conosco!

Abraços

Economia

Novos tempos

Apesar de ainda ser cedo para avaliar quais seriam os impactos econômicos ao redor do mundo com o início das discussões tarifárias que o atual Governo Americano implementou, o fato é que tem muito em jogo nesse processo. Eu digo que é cedo, pois tudo pode mudar, como realmente tem acontecido desde o ato do dia primeiro de fevereiro de 2025, com o anúncio de tarifa de 10% sobre a China e 25% sobre México e Canadá. Na sequência, tivemos o “liberation day” de 3 de abril, colocando todos os países em um intervalo de 10% a 50%, e logo veio a escalada com a China com o anúncio de tarifas em 145% e a própria retaliação da China que iria implementar 125%. No calor da discussão, parecia claro que estávamos caminhando para uma “Guerra Comercial” sem fim. Mas alguém conseguiu colocar “panos quentes” para dar tempo de negociar. Durante esse período, a agenda não parou e, a partir de junho, começaram a ser anunciados os acordos bilaterais firmados com diversos países: Vietnã de 20% a 40%; Suíça, 39%; Canadá, 35%; Filipinas, 19%; Japão, 15%; e, mais recentemente, com a União Europeia em 15%. Em resumo, a tarifa mínima ficou em 10% para diversos países no qual os EUA possuem resultado comercial positivo, ao passo que as maiores ficaram entre 15% e 41%, notadamente para os países no qual os EUA possuem déficit comercial, com várias exceções setoriais. E o Governo americano determinou duas datas importantes: 1) 07 de agosto passam a valer essas regras e; 2) até 05 de outubro ficam excluídos os bens que estão em trânsito, ou seja, que já foram comercializados, mas que ainda não desembarcaram em solo americano. Tudo isso é importante pois várias mensagens emergem a partir daqui: 1) o cenário parece muito mais de um novo arranjo de comércio mundial do que uma crise como anteriormente anunciado por diversos analistas; 2) as datas anunciadas dão a impressão que o processo de negociação terminou e quem conseguiu aproveitar essa primeira rodada, pode ter ficado com o melhor, e qualquer acordo daqui em diante deve ficar mais custoso para a contraparte; 3) o Brasil certamente perdeu esse momento e, mesmo tendo déficit com os EUA, ficamos com a maior tarifa dentre todos; 4) que os impactos inflacionários, caso ocorram, devem ser diluídos ao longo do tempo, e prevaleceu a visão do Banco Central Americano de “esperar e ver” e; 5) que, no mínimo, o Tesouro dos EUA vai arrecadar, em um ano fiscal fechado, pelo menos US$ 470 bilhões, bem mais do que a média de US$ 80-100 bilhões dos últimos anos, aliviando um pouco o caixa deficitário e garantindo financiamento para os gastos militares. Vocês devem estar pensando: “mas a sociedade irá pagar essa conta”. Sim, é verdade, mas mesmo aqui não se tem certeza. Isso porque podemos ter exportadores reduzindo parte do lucro para não perder acesso ao maior mercado mundial e a conta passa a ser dividida com outros países. E pode acontecer de importadores absorverem parte dos custos maiores ou até repassando aos poucos, para garantir continuidade das vendas. É claro que qualquer tributo é ruim e não há uma relação direta entre taxas de importação maiores e atração de investimentos estrangeiro. O exemplo mais claro sobre isso é o Brasil, cujas tarifas de importação figuram dentre as maiores do mundo. Mas, no caso dos EUA, e da forma como foi feito, mesmo que se discorde, devem ocorrer efeitos positivos no médio prazo. Veja a União Europeia, por exemplo, que taxava em 30%, em média, as exportações americanas e agora baixou para quase zero, além de anunciar investimentos nos EUA da ordem de US$ 600 bilhões até 2028 e ainda comprar US$ 750 bilhões em energia (gás, nuclear e gasolina). Consegue ver aqui o efeito disso sobre o isolamento da Rússia que, somente em 2024, vendeu para a Europa US$ 23 bilhões em gás natural? O Japão aplicava taxa de 25% sobre veículos, baixou para 15% e ainda anunciou investimentos da ordem de US$ 550 bilhões. Outros países asiáticos aplicavam, em média, 30% de tarifas, baixaram para 10 a 20%. Claro, anúncio não é investimento efetivo, e só o tempo poderá revelar se isso se concretizou, mas o Governo americano está conseguindo reduzir a tarifa sobre seus produtos exportados ao mesmo tempo que aumentou o que cobra. E isso deve beneficiar exportadores industriais, com destaque para automóveis, semicondutores, energia e itens de tecnologia bem como a agropecuária. O posicionamento atual dos EUA em muito difere o que vimos no pós-Segunda Guerra Mundial. Naquele momento, com o mundo dividido, os EUA entraram em uma cruzada para manter vínculos com diversos países e o comércio foi um instrumento importante para manter relações políticas. Agora, o comércio também está sendo relevante, mas com uma forma diferente de tratamento. Antes, o mercado americano era oferecido aos países, agora ele está sendo negociado. A Argentina está negociando um acordo de tarifa zero para diversos produtos, inclusive agropecuária e têxteis. Qual vai ser o posicionamento do Brasil nesse novo mundo? Vamos ficar em cima do muro ou procurar implementar uma visão diferente da que levávamos para a mesa até então? Vamos aceitar passivamente tarifas maiores ou abrir o mercado brasileiro a novas oportunidades e a diversos fundos de capital? Novos tempos requerem novas ideias e novas posturas.

Estratégia Vokin GBV Aconcágua

Comentários dos Gestores

O mês de julho representou uma mudança de ventos para o Governo brasileiro.

Primeiro, a decisão de Alexandre de Moraes de tornar válido o aumento do IOF, após embate entre o Executivo e Legislativo, permitiu a Lula seguir com sua agenda de aumento de gastos sem temer tanto descontrole fiscal, afinal a arrecadação deve aumentar em R$11,5 bilhões em 2025 e R$27,7 bilhões em 2026. Com maior confiança, o Presidente decidiu até vetar o aumento no número de deputados de 513 para 531, aprovado pelo Congresso.

Em segundo lugar, o anúncio feito por Trump de tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras a partir de 1º de agosto, seguido pela isenção, anunciada semanas depois, de diversos produtos como peças para aviões, suco de laranja, petróleo e derivados, celulose e motores elétricos, reduzindo a tarifa efetiva para algo próximo a 30%, fez com o Governo conseguisse adotar uma postura nacionalista, apesar dos danos causados aos empresários brasileiros.

Em terceiro lugar, as campanhas de publicidade mais agressivas, lançadas a partir no final de junho, defendendo a taxação de super ricos, atacando o congresso como inimigo do povo, e posteriormente os discursos colocando a família Bolsonaro como traidora da pátria, também tiveram repercussão.

Não sabemos ao certo o peso de cada um desses fatores, mas depois de vários meses amargando perda de popularidade, o Governo teve aumento nos índices de aprovação segundo pesquisas como Atlas/Bloomberg e Genial/Quaest. A perspectiva de reeleição de um Governo sem disciplina fiscal e a saída do investidor estrangeiro no mês de julho, com retirada de R$6,4 bilhões, contribuíram para a queda do Ibovespa.

No exterior, o destaque foi para os acordos comerciais fechados pelos EUA com a União Europeia, com o Japão e com a Indonésia, que acabaram sendo favoráveis, em grande medida, para os americanos. A Europa aceitou uma tarifa de exportação de 15% para grande parte de seus produtos e ainda se comprometeu com investimentos de US$600 bilhões nos EUA e aquisições em defesa e energia americanas. O Japão também aceitou 15% sobre diversos produtos e se comprometeu com investimentos de US$500 bilhões nos EUA. A Indonésia aceitou tarifa de 19% e eliminou a maior parte das tarifas que impunha sobre produtos americanos.

O Vokin GBV Aconcágua e o Vokin GBV Aconcágua 30 fecharam com resultado de -0,55% e -0,57% no mês, respectivamente, enquanto o Ibovespa fechou com resultado de -4,17%.

Em julho, tivemos contribuição positiva da posição no Grupo Fleury, que é uma empresa especializada na realização de exames diagnósticos, sendo referência para a comunidade médica e para o público geral em qualidade técnica, atendimento e gestão. O grupo, que ano que vem completará cem anos, possui mais de 22 mil funcionários (dos quais 4,9 mil médicos) e 533 unidades de atendimento espalhadas por todo o Brasil. A companhia possui um portfólio completo com mais de 8 mil tipos de exames diferentes, desde análises usuais como hemogramas, exames de urina, tomografias, até análises complexas, como exames toxicológicos e genéticos. Por ter tamanho e escala nacional, a Fleury também atua no mercado de apoio, fornecendo exames para laboratórios menores e prestando o serviço dentro de hospitais parceiros.

O mercado privado de diagnósticos movimenta cerca de R$60 bilhões ao ano, crescendo a uma taxa média de 11% nos últimos 15 anos, patamar superior ao crescimento do PIB no mesmo período. Além do número de pessoas com planos de saúde seguir crescendo, hoje são 52,2 milhões de pessoas, o número de exames por pessoa ao ano tem se ampliado consideravelmente. Em 2014, uma pessoa realizava em média 14 exames por ano (cerca de dois atendimentos, considerando 7 exames por atendimento). Em 2024 a média foi de 24 exames. Além do envelhecimento da população, vemos uma tendência cada vez maior à medicina preventiva, que aumenta a realização de exames para detecção precoce de doenças.

Enxergamos a Fleury em posição de destaque frente aos concorrentes. Quando analisamos o market share de volume de exames, o grupo possui cerca de 27% do mercado, entre os exames próprios e os realizados para laboratórios de terceiros, porém em termos de receita o grupo representa apenas 12,5% do mercado. O grupo Dasa, principal competidor, com 33% do mercado em termos de volume e 12,7% em termos de receita, tem enfrentado problemas financeiros, tendo uma operação consolidada que não gera caixa, levando o grupo a fechar unidades de atendimento e a perder market share.

Dado que o mercado brasileiro ainda é muito pulverizado, com mais de 33 mil unidades de atendimento, acreditamos que a Fleury seguirá sua estratégia bem implementada nos anos mais recentes de comprar redes laboratoriais menores (muitas delas clientes da Fleury no segmento de apoio) a preços atrativos, trazendo boas práticas de gestão às clínicas e ampliando o portfólio de exames, aumentando, por consequência, sua própria escala operacional.

Para o próximo mês, será importante monitorarmos o embate crescente entre o Executivo e o Legislativo brasileiros e os impactos que isso pode trazer em aumento de gastos, assim como as definições de eventuais novas tarifas de Trump e os impactos no Brasil e no mundo.

Vokin K2 Long Biased FIA

Comentários dos Gestores

A Petrobras informou que estão previstos investimentos de cerca de R$ 33 bilhões em projetos de refino e petroquímica no Rio de Janeiro, sendo R$ 29 bilhões de Capex da Petrobras e até R$ 4 bilhões de outro projeto que atua em sinergia com os ativos da companhia. A implementação dos projetos de integração do Complexo de Energias Boaventura com a Reduc tem investimento estimado de R$ 26 bilhões, com essa nova estrutura ampliando a produção de diesel S-10 e aumentando a capacidade de produção de querosene de aviação (QAV). Também estão contempladas uma planta dedicada de BioQAV e duas termelétricas a gás, no Complexo Boaventura, para participação nos leilões de reserva de capacidade.

O Banrisul informou que foi deliberada a aprovação dos termos e condições da 3ª emissão de letras financeiras com cláusula de subordinação para composição do Nível II do Patrimônio de Referência do Banrisul (“LFSN”), no valor total de até R$ 700 milhões. Serão emitidas até 2 mil LFSN, com valor nominal unitário de R$ 350 mil, remuneração acima da variação do CDI a ser definida no processo de Bookbuilding, prazo de vencimento de 10 anos e possibilidade de resgate a partir do quinto ano.

A Blau comunicou a decisão de não converter o valor de seu empréstimo em capital da Prothya Biosolutions. O empréstimo foi firmado com a Prothya BE e com a STAK em 30 de agosto de 2023, no valor de £ 50 milhões. A decisão foi tomada após a análise de que a Prothya não vinha apresentando os resultados operacionais esperados pela Blau. A empresa também foi informada pela Prothya da assinatura de um pré-contrato para a venda da totalidade do capital social da referida empresa a um terceiro comprador. Caso a operação de venda seja concluída, o comprador assumirá integralmente os passivos da Prothya e terá a obrigação de pagar a Blau o valor integral do empréstimo, no valor histórico de £ 50 milhões, acrescido dos juros correspondentes.

A Brava anunciou a aprovação, pela ANP, do Acordo de Individualização da Produção da jazida compartilhada do pré-sal de Jubarte, na Bacia de Campos. A jazida compreende: (i) área do Campo de Jubarte com 97,25%, (ii) áreas não contratadas com 1,89%, e (iii) área do Campo de Argonauta com 0,86%. A companhia detém 23% de participação na concessão do Campo de Argonauta. A empresa também comunicou a conclusão da conexão dos poços 2H e 3H no Campo de Atlanta, que se encontram em processo de testes e estabilização. O projeto de Atlanta segue em uma fase de testes de sistemas de produção e automação, sendo esperado o atingimento do pico de produção e eficiência para o ativo nos próximos meses. Ainda, a Brava aprovou a 9ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações. Serão emitidas 3 bilhões de debêntures simples, com valor unitário de R$ 1, que terão prazo de vencimento de cinco anos a partir da data de sua emissão.

O Bradesco atualizou dois indicadores de seu guidance para 2025. A projeção de Receitas e Prestação de Serviços foi atualizada para 5% a 9% (anteriormente 4% a 8%) e o Resultado das operações de Seguros, Previdência e Capitalização foi atualizado para 9% a 13% (anteriormente 6% a 10%).

A Hapvida celebrou contrato de build to suit para construção e futura locação de hospital em terreno localizado em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, de propriedade da Canadá Administradora de Bens Imóveis, com a finalidade de desenvolver atividades de atendimento médico-hospitalares pela Hapvida. A estimativa de investimento é de R$ 112 milhões, contabilizando o valor do terreno junto ao valor da obra. Em outro comunicado, a empresa informou a celebração de instrumentos de compra e venda e de locação imóveis onde serão construídas novas unidades assistenciais na região metropolitana do Rio de Janeiro. O investimento total é de aproximadamente R$ 380 milhões, com as novas unidades previstas contemplando um hospital de alta complexidade, 3 centros médicos de pronto atendimento, 2 novas clínicas e um retrofit completo do Hospital Santa Martha.

A Neoenergia comunicou que, por meio de sua subsidiária Neoenergia Renováveis, firmou contratos com a Nexus Manganês e com a Ambev. Com a Nexus, a companhia firmou contrato de compra e venda de ações e outras avenças, para aquisição, pela Nexus, de 6,87% do capital social de Canoas 3, do Complexo Eólico Chafariz, de titularidade direta da Neoenergia Renováveis. Com a Ambev, foi firmado contrato de compra e venda de ações e outras avenças, para aquisição, pela Ambev, de 5,73% dos capitais sociais da Oitis 3, da Oitis 5 e da Oitis 7, empresas de titularidade direta da Neoenergia Renováveis. Com ambas as empresas, também foi firmado contrato de compra e venda de energia elétrica, com a interveniência e anuência da companhia e da Neoenergia Renováveis. Em outro comunicado, a empresa informou que a Neoenergia Coelba assinou contrato de financiamento com o Banco Europeu de Investimentos. O contrato tem valor de até £ 300 milhões, com prazo de 10 anos, sendo 2 anos de carência para o principal.

Vokin Everest FIC FIM

Comentários dos Gestores

O mês de julho foi marcado pelo aumento da volatilidade e reversão do ambiente mais favorável para os ativos de risco observado no Brasil nos três meses anteriores. O grande destaque ficou por conta do anúncio, no dia 9, pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, estando entre os maiores percentuais dessa nova rodada após a divulgação inicial da nova política tarifária realizada no início de abril. Em seu comunicado, Trump citou que o país adota práticas comerciais que prejudicam os Estados Unidos e, ainda, a interferência do Supremo Tribunal Federal no ambiente político e empresarial, inclusive posteriormente implicando em cancelamento de visto e sanções diretas contra o Ministro Alexandre de Moraes.

Esses episódios tiveram grande repercussão por parte do Governo com uma narrativa no sentido de defesa da indústria local e a soberania do país, pontos que ajudaram, nas pesquisas iniciais, em uma recuperação na trajetória de queda de popularidade do Presidente Lula. Já próximo ao final do mês, ao assinar o decreto oficializando as novas tarifas sobre os produtos brasileiros, o presidente Trump concedeu exceção para diversos itens, amenizando o impacto sobre o país.

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) manteve inalterada a taxa básica de juros do país no intervalo entre 4,25% e 4,50%, porém aumentando consideravelmente a possibilidade de corte na taxa na reunião de setembro após a divulgação de dados de emprego fracos e bem abaixo do esperado, reforçando a perspectiva de desaceleração econômica. Já no Brasil, o Comitê de Política Monetária do Banco Central manteve, conforme amplamente esperado, a taxa Selic em 15,00% a.a., repetindo o tom do comunicado anterior indicando que a política monetária seguirá em níveis contracionistas por um período elevado, sendo que as tarifas comerciais são um fator adicional de incerteza. As projeções de mercado indicam que a taxa deve permanecer nesse patamar até o final do ano, com um provável início de ciclo de cortes já no primeiro trimestre de 2026.

O Ibovespa encerrou o mês com queda de -4,17%, pior desempenho mensal no ano e com movimento de retirada pelos investidores estrangeiros, ainda que o fluxo, no ano, siga positivo. O dólar se valorizou +3,10% frente ao real e houve abertura das taxas de juros reais, impactando na primeira queda mensal do índice IMA-B no ano, -0,79%.

Com relação ao ambiente econômico, permanece a perspectiva de desaceleração mais acentuada da atividade no segundo semestre do ano, que poderá trazer impacto no nível de desemprego, ainda que em patamares baixos, porém com perspectiva de que a inflação novamente encerre o ano acima do topo do intervalo de 4,50%. No ambiente político, o cenário deve se manter agitado, seja pela continuidade do processo de julgamento no STF do ex-Presidente Bolsonaro, como pelos desdobramentos das negociações tarifárias entre Estados Unidos e Brasil.

Em meio a essa rápida reversão de tendência, o fundo Everest encerrou o mês com desvalorização de -0,10%, ante +1,28% do CDI, acumulando, no ano, alta de +6,93% ante +7,84% do CDI. O desempenho foi impactado pelos fundos multimercados macro, principalmente pelas posições em juros, e pelos fundos com maior exposição em renda variável no Brasil. Destaques positivos no mês para os fundos multimercados Quantitas Arbitragem (+1,01%), Itaú Optimus (+0,88%) e Kapitalo Zeta (+0,48%). Os piores desempenhos vieram dos fundos Gávea Macro Plus (-3,08%), Absolute Vertex (-1,72%) e Ibiúna STH (-1,38%). Não foram efetuados ajustes durante o mês.

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