
Carta 245Junho 2025
Comentário do gestor
Prezados Coinvestidores,
Junho foi o mês da “Guerra dos 12 dias” entre Israel e Irã, período que deixou o mundo em atenção e com receio de uma guerra maior.
Em 21 de junho, os Estados Unidos, aliado de Israel, atacou três instalações nucleares do Irã, com bombas capazes de penetrar o solo e destruir instalações abaixo da terra.
No dia 24, entrou em vigor um acordo de cessar fogo.
Apesar de o Presidente Trump afirmar que as instalações nucleares do Irã foram completamente destruídas, ninguém sabe se isso de fato aconteceu.
Tanto Estados Unidos, Israel como o Irã comemoraram vitória – o que nos faz lembrar da sábia frase de Woodrow Wilson, que foi presidente dos EUA durante e após a primeira guerra mundial.
Wilson acreditava que um acordo de paz duradouro não deveria ser imposto por uma nação vencedora, sob pena de levar o perdedor a ressentimentos e futuros conflitos.
Wilson não foi ouvido pelas potências europeias, que preferiram impor pesadas sanções à Alemanha no Tratado de Versalhes de 1919.
Essas severas sanções, segundo muitos, foi o que deu origem ao ressentimento alemão, à ascensão de Hitler ao poder e, consequentemente, à segunda Guerra Mundial.
Uma agência de inteligência do Pentágono (sede do Departamento de Defesa dos EUA) afirmou, diferente do afirmou Trump, que as instalações nucleares do Irã não foram destruídas, mas que o bombardeio somente atrasou em alguns meses o seu trabalho.
O Irã afirma que, do seu lado, foram 935 mortos e mais de 4.000 feridos. Israel fala em 28 mortos e mais de 3.000 feridos. Certamente teremos ressentimentos dos dois lados.
Entendemos que o cessar fogo, por hora, foi muito bom, mas que está longe de ter resolvido o conflito definitivamente.
Entendemos que o Irã não deva ter a bomba atômica.
Se tiver, pelo regime que governa o país, poderá usá-la mais rápido do que outros países.
Esperamos que a diplomacia consiga, a partir de agora e por hora, evitar novos conflitos, mas sabemos, pela história, que isto não é nada fácil de acontecer.
Durante os dias da escalada da guerra, a economia mundial ficou apreensiva.
O preço do barril de petróleo tipo Brent subiu aproximados 20% naqueles dias, de U$ 65,00 para U$ 78,00, e o risco do fechamento do Estreito de Ormuz pelo Irã poderia fazer o preço ultrapassar os U$ 100,00 e causar uma nova onda de inflação mundial.
O cessar fogo trouxe o preço do petróleo para baixo novamente e essa não é mais uma preocupação, ao menos por enquanto, dos Bancos Centrais, que hoje estão reunidos em Sintra, Portugal, para um Fórum dos Bancos Centrais.
Esse encontro anual, realizado pelo Banco Central Europeu, visa unir os Bancos Centrais em prol da estabilidade de preços e crescimento econômico. Espera-se que as falas deste ano possam reforçar a expectativa de cortes de juros coordenados nas principais economias.
Falando em juros, em junho, o Banco Central Americano decidiu manter, pela quarta vez consecutiva, a taxa de juros dos EUA no intervalo entre 4,25% e 4,5% ao ano.
Jerome Powell, presidente do FED, disse ontem no Fórum que eles já teriam cortado juros neste ano se não fosse a guerra das tarifas do Presidente Trump, que também é uma ameaça de aumento da inflação.
Hoje, o mercado espera entre dois e três cortes de 0,25% pelo FED até o final de 2025.
E, na reunião de junho, o Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil decidiu elevar a taxa básica de juros em 0,25%, de 14,75% para 15% ao ano, após sete reuniões consecutivas de alta da Selic.
O patamar atual, de 15% ao ano, é o maior em quase 20 (vinte) anos, desde 2006.
O Comitê sinalizou que chegou ao fim o ciclo de alta, mas disse que a Selic deve permanecer nesse patamar elevado por um período prolongado.
Hoje, temos um cenário de juros muito altos no Brasil, de empresas baratas, alta alocação em renda fixa e baixa alocação em ativos de renda variável, como ações.
Por outro lado, daqui para a frente os juros tendem a cair, não sabemos se com início no final de 2025 ou em 2026.
E, de todo esse grande volume de dinheiro investido em renda fixa no Brasil (hoje mais de R$ 15 trilhões, que geram mais de R$ 200 bilhões de juros por mês), se uma pequena parte migrar para ações, poderemos ter períodos bem melhores de resultados do que os períodos próximo passados.
O ano de 2026 também será um ano de eleições Presidenciais.
Quem está no poder tem todo interesse em ver a economia bem no ano da eleição, e isso reforça a ideia da pressão por corte de juros.
Quem está fora do poder deverá propor uma maior responsabilidade fiscal e reformas estruturais, que podem animar o mercado com a possibilidade de juros mais baixos estruturalmente.
A inflação no Brasil continua acima da meta, mas o enfraquecimento do dólar frente a todas as moedas beneficia, também, o Brasil.
Neste ano, o dólar desvaloriza 12,09% frente ao Real, depois de ter valorizado 27,34% no ano passado.
Essa desvalorização ajuda na queda da inflação local e reforça a possibilidade de queda de juros à frente.
De nossa parte, seguimos acompanhando todos os riscos e oportunidades, confiantes de estarmos investindo com responsabilidade e disciplina, que é o que está ao nosso alcance.
Sobre os resultados de nossos fundos, em junho, nossos resultados seguiram melhorando, gradativamente.
Nossos Fundos Vokin GBV Aconcágua, Vokin GBV Aconcágua 30 e Vokin K2 tiveram resultados de +0,60%, +0,61% e +1,08%, respectivamente, em junho, mês em que o Ibovespa teve resultado de +1,33%.
No acumulado do ano, até o final de junho, estamos com +20,43%, 20,35% e +18,19%, respectivamente, período em que o Ibovespa está com +15,44%.
Nosso Fundo de Fundos Vokin Everest também teve um bom resultado, de +1,66%, acima do CDI do mês, de +1,10%. No acumulado do ano o Fundo Vokin Everest está com +7,04%, também melhor do que o CDI, que acumula +6,42%.
Desejamos um ótimo mês de julho e segundo semestre de 2025 para todos nós, com muita saúde, paz e sabedoria.
Obrigado por investirem junto conosco!
Abraços a todos!
Economia
A pergunta que não quer calar: quando melhora o cenário?
Depois de passar alguns meses “adormecido”, ou talvez “embriagado” com os juros altos, há motivos de sobra para imaginar que o tema “contas fiscais” vai voltar a dominar as discussões, ao menos entre analistas de mercado, investidores, economistas e agora também, entre os políticos. E, dada a situação atual, isso não é nada bom. Explico: o Governo não produz, apenas retira recursos de famílias e empresas e os realoca. Do ponto de vista monetário, parece sensato dizer que os impactos na economia seriam nulos. Mas isso não é verdade porque ele retira de muitos e distribui para poucos. Quem paga, paga um pedacinho, e quem recebe, recebe muito. Ou seja, as mudanças de comportamento de quem transfere são mínimas (a não ser que se tenha eventos específicos de elevada tributação), ao passo que quem recebe acaba modificando sua estrutura de gastos. Nesse sentido, a interferência do Governo tem o poder de desequilibrar a oferta e demanda de bens e serviços e afetar a inflação, principalmente de itens de consumo como alimentos e bebidas. É por isso que o mercado mantém uma lupa sobre o orçamento público. Desequilíbrios de curto prazo são toleráveis, como gastos maiores devido a uma catástrofe natural, uma epidemia – como presenciamos recentemente – ou evento de origem externa. Mas, quando o transitório se torna permanente, ele tem o poder de afetar a percepção de risco de longo prazo, uma vez que o Governo irá precisar “pedir dinheiro emprestado” para quem tem, para entregar para quem não tem, se comportando assim indefinidamente. E o resultado disso é dívida e mais inflação. Tem um ensinamento básico de finanças que afirma que quando um devedor tem uma dívida muito alta, é melhor ter cautela ao emprestar para ele. E essa cautela pode vir de duas formas: i) pedindo mais garantias reais; ii) cobrando juros maiores. A única garantia que um Governo pode dar a quem empresta para ele é sua credibilidade. Se essa for baixa, recorremos a juros maiores. Qualquer semelhança com os dias atuais não é mera coincidência. Os juros elevados são uma consequência dessa percepção que “da forma como está, não dá para continuar”. E olha, essa mensagem foi passada, inclusive, pela atual direção do Banco Central, indicada pelo Governo. Portanto, se até um “possível aliado” está dizendo isso é porque, realmente, a situação é delicada. Voltando ao ponto inicial, depois de alguns meses sem muito alarde sobre o tema, ele domina as discussões em meio à negativa do Congresso em aceitar aumento de alíquotas e empurrar para o executivo a obrigação de fazer o ajuste fiscal. O impasse fiscal, que estava previsto para acontecer em 2026 ou 2027, parece que foi antecipado e é preciso entender que qualquer solução não será fácil nem muito menos capaz de produzir resultados no curto prazo. Nesse caso, há o risco, sim, dos juros longos voltarem a subir e, com isso, pressionar para mais altas da Selic. Agora, junte isso com: i) inflação acima do teto da meta (4,5%) em 2025 mesmo com juros em 15%, considerado um patamar muito restritivo para atividade econômica, e sem a presença de nenhum choque negativo como desvalorização cambial ou aumento o preço do petróleo; ii) desaceleração da atividade econômica ao longo do ano que vai, inevitavelmente, fazer com que as receitas de tributos sejam menores, contribuindo para piorar o que já está ruim no campo fiscal; iii) Contas externas permanecem com resultado negativo em cerca de 3,2% do PIB, e a entrada de investimentos estrangeiros, usada para financiar esse déficit, deve ficar em torno de 3,3%. Ou seja, a porta usada para entrada e saída de dólares do Brasil fica menor, o que leva a imaginar que qualquer espirro no mercado de câmbio pode virar uma pneumonia na taxa de curto prazo; iv) um cenário político de Governo sem maioria no Congresso, baixa popularidade e se aproximando do próximo pleito eleitoral, o que aumenta a percepção de que a escolha pelo ajuste fiscal está longe de ser adotada. Ao que tudo indica, a contagem regressiva para o término desse Governo como data limite para a mudança do cenário econômico foi abandonada. Ou então, volto a repetir, para seguir tolerando esse cenário por um período tão longo, pode ser que os juros tenham que ser maiores, e as casas de apostas vão passar a atribuir probabilidade maior de troca do Ministro da Fazenda. Mas, trocar o sofá adianta? O problema não é tirar, é quem colocar no lugar. E qualquer ocupante desse cargo, se for sério, irá propor o fim da desastrosa ideia do “arcabouço fiscal” que atrelou gastos na arrecadação. Por isso a ânsia em aumentar essa. Se não fizermos isso, os gastos vão continuar aumentando e a “herança maldita” será tão grande que comprometeremos novamente mais uma década. A solução de curto prazo escolhida tem sido colocar despesas fora da contabilidade de resultado primário e usar a justiça para tentar “burlar” o orçamento. Mas não há como enganar a economia. O dinheiro está aí, sendo gasto, circulando, gerando dívida e inflação. Na literatura, dizemos que o Governo é considerado um “peso morto”. No Brasil, esse fardo está muito pesado de carregar e 2027 está muito longe para esperar ajustes.
Estratégia Vokin GBV Aconcágua
Comentários dos Gestores
Junho foi um mês com diversas notícias que afetaram os mercados. No Brasil, o principal tema continuou a ser o fiscal, com o Governo apresentando novas medidas arrecadatórias para compensar uma recalibração no decreto do IOF, após reunião entre os Presidentes da Câmara e do Senado com Haddad, que tinha o objetivo de mostrar insatisfação com a medida. No entanto, Hugo Motta, Presidente da Câmara, nem esperou o prazo dado a Haddad para apresentar medidas alternativas, que incluíssem cortes de despesas, e colocou em votação um decreto legislativo para derrubar o decreto do IOF que foi aprovado por ampla maioria. No mesmo dia, foi aprovado também no Senado. A demora do Governo na liberação nas emendas de comissão e a fragilidade da aprovação do Governo podem ter influenciado nessa decisão. A desaprovação de Lula, aliás, bateu recorde novamente em junho. Agora, a medida provisória que aumentou a tributação de bets, fintechs, títulos isentos, entre outros, corre grande risco de expirar sem aprovação após 120 dias. O Governo deve tentar medidas alternativas, como ampliação dos dividendos de estatais e leilões de áreas contíguas ao pré-sal para fechar as contas nesse ano, mas cresce a chance de mudança da meta fiscal para o ano que vem. Todos no modo eleição.
No exterior, tivemos uma guerra rápida e intensa entre Israel e Irã, que durou 12 dias, e fez oscilar o preço do petróleo. As negociações dos EUA com vários países no tema tarifas continuou e o prazo final para os acordos, 09/07, se aproxima, porém, Trump disse que esse prazo não é fixo e deixou no ar a possibilidade de ampliá-lo. O acordo com a China, apesar de não ter tido detalhes divulgados, foi assinado, e estariam próximos os acordos com índia, Coréia do Sul, Taiwan, Indonésia e Vietnã. Essas negociações têm deixado o BC americano em compasso de espera e irritado Trump, que eleva o tom contra Jerome Powell, Presidente a instituição. Mas os números de inflação têm vido melhores e o mercado já precifica de duas a três quedas de juros nesse ano.
O Vokin GBV Aconcágua e o Vokin GBV Aconcágua 30 fecharam com resultado de 0,60% e 0,61% no mês, respectivamente, enquanto o Ibovespa fechou com alta de 1,33%.
Recentemente, iniciamos uma posição em Petrobrás, empresa que negocia a um preço atrativo quando consideramos a resiliência operacional da produção e a qualidade dos projetos futuros. Detentora da maior dívida corporativa do mundo durante o Governo Dilma e marcada por vários escândalos de corrupção, hoje, a companhia é muito diferente de seu passado sombrio e alguns dados ilustram isso: a produção comercial atualmente é muito semelhante à de 2014 – 2,5 milhões de barris diários – porém, com um investimento e uma política de preços muito mais racional. Entre 2010 e 2014, a Petrobrás investia, ao ano, em valores deflacionados, cerca de US$60 bilhões, dos quais apenas metade se destinavam à exploração e produção, enquanto a expectativa atual para os próximos cinco anos são de uma média de US$20 bilhões, sendo 80% em exploração e produção. A política de congelamento de preços do Governo Dilma custou à Petrobrás US$42 bilhões e, desde a instalação da Lei das Estatais de 2016, que responsabiliza na pessoa física os diretores da estatal que atuem contra o interesse da companhia, tal nível de intervenção já não é mais possível. Ainda em 2016, a companhia iniciou um longo processo de desinvestimentos, com a venda de empresas menos rentáveis, como a BR distribuidora, a Gaspetro, a Refinaria de Mataripe, as transportadoras de gás TAG e NTS, além de alguns campos de petróleo terrestres e do pós-sal, que somaram US$45 bilhões, utilizados para o abatimento das dívidas e investimentos necessários para produção no pré-sal em águas ultraprofundas. Os campos do pré-sal são únicos por alguns motivos: a espessa camada de sal impede que o petróleo escape (cuja tendência natural é subir até a superfície), possibilitando a formação de grandes reservatórios; a profundidade dos reservatórios é tal que o diferencial de pressão faz com que a produtividade dos poços seja até 10 vezes maior que um poço equivalente do pós-sal; e, por último, o óleo presente é leve e com poucos contaminantes, aumentando seu valor comercial. Hoje, os poços do pré-sal representam 84% da produção, com um custo de extração 75% menor que os campos do pós-sal, ficando próximos à US$4 por barril. A expectativa até o final da década é de um aumento de 12% na produção de petróleo e até 50% na oferta de gás, com a entrada em operação de 14 novas embarcações que estão, atualmente, em construção na China. A Petrobrás seguirá produzindo no pré-sal durante muitos anos, dado que os campos ainda estão distantes da maturidade. Búzios, por exemplo, o maior dos campos do pré-sal, apenas recentemente atingiu a marca de 1 bilhão de barris produzidos, menos de 10% das reservas passíveis de serem extraídas. Na fronteira exploratória, a margem equatorial (que se estende do litoral do Amapá ao Rio Grande do Norte) apresenta grande potencial após a descoberta de campos gigantes na Guiana.
Para o próximo mês será importante acompanharmos o término do prazo de negociação de Trump e seus desdobramentos, assim como evolução da discussão do tema fiscal no Brasil.
Vokin K2 Long Biased FIA
Comentários dos Gestores
A Suzano celebrou um contrato de compra e venda de participação societária e ativos com a Kimberly-Clark Corporation, para a aquisição, por parte da Suzano, de 51% do capital social de uma nova sociedade constituída na Holanda, com a Kimberly-Clark detendo os 49% restantes. Os principais ativos contemplados referem-se à 22 fábricas de produção de “tissue” localizadas em 14 países, que totalizam uma capacidade anual de produção de 1 milhão de toneladas, com atual atividade de comercialização em mais de 70 países. A operação também contempla uma opção de compra em favor da Suzano para adquirir a participação de 49% da Kimberly-Clark, exercível a partir de 3 anos após a data de fechamento. O preço de aquisição foi de US$ 1,7 bilhão.
A Petrobras informou que recebeu citação em ação ajuizada pela Sete Brasil participações S.A. visando a reparação de supostos prejuízos relacionados ao Projeto Sondas no valor de R$ 36 bilhões. A Petrobras entende que as alegações são improcedentes e informou que irá se defender firmemente no processo. Em outro comunicado, a empresa anunciou a aquisição de dez blocos na Bacia Foz do Amazonas e três blocos na Bacia de Pelotas, no 5º Ciclo de Oferta Permanente de Concessão da ANP. A Petrobras também assinou os três primeiros contratos com a Consag Engenharia S.A. para a conclusão da construção do Trem 2 da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, no valor de R$ 4,9 bilhões. Esses contratos contemplam a implantação da Unidade de Coqueamento Retardado, da Unidade de Hidrotratamento de Diesel S10 e da Unidade de Destilação Atmosférica, com previsão de início de operação das unidades em 2029.
A Minerva informou que a sua controlada Athn Foods Holdings S.A. celebrou contrato junto a Allana Magellan S.L, tendo por objeto a venda, pela Athn para a Allana, da totalidade das ações de emissão da Establecimientos Colonia S.A pelo montante de US$ 48 milhões. O negócio já estava previsto pela estrutura da operação de aquisição de ativos pela Athn no Uruguai, onde a aquisição das plantas de San José e Salto pela Athn estavam condicionadas à imediata revenda da planta localizada em Colonia para a Allana. Em outro comunicado, a companhia anunciou a aprovação da homologação do seu aumento de capital no montante de R$ 2 bilhões, com a emissão de 386,8 milhões novas ações ordinárias e com a atribuição de 193,4 milhões bônus de subscrição como vantagem adicional.
A Iguatemi informou que sua subsidiária, Iguatemi Empresa de Shopping Centers S.A., concluiu a venda da fração ideal de 49% dos empreendimentos Shopping Market Place, Edifício Market Place Towers e Galleria Shopping ao fundo imobiliário Genesis Capital Premium Properties, no valor de R$ 500 milhões. Ainda, a empresa comunicou que foram quitados CRIs emitidos com lastro em instrumento de dívida da sua afiliada Iguatemi PPPH, cujos recursos foram destinados à aquisição da totalidade das quotas e/ou ações de emissão das sociedades titulares, em conjunto dos ativos imobiliários dos empreendimentos Shopping Pátio Higienópolis e Shopping Pátio Paulista.
A Brava aprovou operação com valores imobiliários de emissão da companhia, com o objetivo de ajustar a participação recíproca resultante da incorporação de ações da Enauta e ampliar a liquidez da sua estrutura de capital. As operações preveem a alienação da totalidade das ações ordinárias de emissão da Brava detidas pela Enauta e a contratação de instrumentos derivativos de liquidação exclusivamente financeira para operação de total return swap. Em outro comunicado, a companhia informou a assinatura de contrato de compra e venda de ativos junto à PetroReconcavo, referente à venda de 50% das Unidades de Processamento e Gás Natural II e III, do gasoduto de escoamento Livramento/Guamaré, e das esferas de Gás Natural Liquefeito. O valor da transação é de US$ 65 milhões, com o contrato prevendo o estabelecimento de comitês operacionais com membros de ambas as companhias, o compartilhamento de utilidades e serviços do Ativo Industrial de Guamaré, e a assinatura de compromisso de aquisição de gás natural da PetroReconcavo pela Brava por cinco anos.
A Pague Menos anunciou oferta de distribuição pública de emissão de notas comerciais escriturais, em duas séries. O montante total é de R$ 480 milhões, sendo R$ 200 milhões o valor da emissão das notas da primeira série e R$ 280 milhões o valor da emissão das notas da segunda série. A empresa também comunicou uma oferta de distribuição pública de debêntures simples, não conversíveis em ações, de série única, pelo montante de R$ 350 milhões.
O Fleury comunicou o fechamento da aquisição de 100% das quotas de emissão do Laboratório de Análises Clínicas Confiance Ltda., da Labclin Laboratório Clínico de Campinas Ltda. e da Inda-Lab Análises Clínicas Ltda., que atuam em Campinas e em sete cidades da região. O valor acordado para a aquisição foi de R$ 130 milhões, sujeito a certos ajustes e retenções. Ainda, a companhia comunicou a celebração de contrato de compra e venda de quotas e outras avenças para a aquisição de 100% das quotas do Hemolab Laboratório de Patologia Clínica Ltda. O Hemolab atua nos serviços de exames de análises clínicas, patologia clínica e vacinação em 15 unidades de atendimento em Minas Gerais. O valor da aquisição é de R$ 39,5 milhões, sujeito a ajustes e retenções.
Vokin Everest FIC FIM
Comentários dos Gestores
Em junho, os mercados financeiros seguiram a tendência observada desde meados de maio com a redução na tensão com relação à política de tarifas imposta pelo Presidente Donald Trump, inclusive com sinalizações de um acordo com a China com flexibilização de ambas as partes. Apesar da crescente preocupação com a trajetória da dívida pública nos Estados Unidos, que inclusive deve ser diretamente impactada se aprovado um novo pacote de medidas proposto por Trump, a divulgação de dados econômicos sinalizando que o país segue com níveis de atividade resilientes, assim como com menor pressão inflacionária, impulsionaram os principais índices de ações do país a atingirem novas máximas históricas.
O grande destaque do mês ficou por conta da depreciação do dólar, que encerrou com pior desempenho em um primeiro semestre desde 1973 frente a uma cesta de moedas de países desenvolvidos. Apesar de que os Estados Unidos permaneçam com um nível de crescimento satisfatório, ainda mais comparado com a Europa, contribuíram para essa depreciação um movimento de reversão após vários anos de valorização global do dólar, assim como a incerteza institucional trazida pelo movimento protecionista de tarifas sobre importação
Também ganhou atenção, em junho, a escalada no conflito entre Israel e Irã, elevando de forma acentuada o preço do petróleo e aumentando as preocupações com relação a uma guerra em maior escala e envolvendo mais países. A tensão se elevou quando ocorreu a participação direta dos Estados Unidos ao bombardear instalações nucleares iranianas, porém o conflito se dissipou logo em seguida com um cessar-fogo e, inclusive, o preço do petróleo retomando os patamares anteriores ao do conflito.
No Brasil, o Comitê de Política Monetária do Banco Central elevou, de forma unânime, a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, chegando agora ao patamar de 15,00%. A sinalização do Banco Central indicou que o ciclo de alta nos juros se encerrou, porém que o nível elevado deverá permanecer por um período prolongado. O país permanece com indicadores de atividade relativamente bons, ainda que sustentados, em parte, por diversos estímulos do Governo, assim como com níveis de inflação pressionados, principalmente em serviços. Pelas projeções do mercado, a Selic deve permanecer neste patamar até o final do ano e com um início de ciclo de cortes já no início de 2026. A situação política no país permanece instável, tendo o Governo sofrido derrota importante no Congresso com relação ao aumento do IOF, indicando perda de apoio em sua base parlamentar. A sinalização, por parte do Executivo, de levar essa questão ao STF poderá piorar ainda mais a relação com o Legislativo, dificultando o trânsito de novas medidas.
O fundo Everest encerrou o mês com rentabilidade de +1,66%, ante +1,10% do CDI, acumulando, no ano, alta de +7,04% ante +6,41% do CDI. Todas as estratégias tiveram resultado positivo no mês, sendo que as maiores contribuições positivas vieram dos fundos multimercados macro, principalmente de posições em juros e câmbio. Destaques positivos no mês para os fundos multimercados macro Gávea Macro Plus (+2,81%) e Kapitalo Zeta (+2,67%) e do fundo de ações long & short Ibiúna STLS (+2,53%). Tiveram desempenho positivo, mas abaixo do CDI, os fundos Vokin GBV Aconcágua (+0,61%) e Verde (+0,92%).
No mês foi feito apenas um ajuste na carteira com o aumento da posição em juros reais (fundo indexado ao IMA-B) em função do carrego bastante favorável da posição para o longo prazo.
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