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Carta 209Junho 2022

Comentário do gestor

Prezados Coinvestidores,

O mês de junho e o primeiro semestre de 2022 foram marcados por perdas generalizadas nos mercados de bolsas de valores do mundo todo.

O principal índice de ações dos Estados Unidos, o índice S&P 500, teve resultado de -20,57% no primeiro semestre. Foi o pior primeiro semestre para o S&P 500 dos últimos 52 anos (em 1970 tinha perdido -21,01%). O índice Nasdaq, de empresas de tecnologia, está com resultado ainda pior, de -30,05% até aqui no ano.

Índices acionários da Ásia e Europa também estão com quedas. O índice Nikkei 225, do Japão, e o índice DAX, da Alemanha, como exemplos, estão com -8,33% e -19,53%, respectivamente.

Aqui no Brasil, o índice Ibovespa teve resultado de -11,50% no mês de junho e terminou o semestre com -5,99%.

E o índice SMLL, de Small Caps, empresas de menor valor de mercado no Brasil, acumula queda de -19,69% no primeiro semestre.

Em junho, várias boas empresas tiveram fortes quedas no preço de suas ações. E quanto menor a liquidez, maiores as quedas.

Iochpe (MYPK3), maior posição em nossos Fundos de Ações, foi uma exceção. Subiu +5,4% no mês.

Junho de 2022 foi o pior mês do Ibovespa desde março de 2020, início da pandemia, quando o Ibovespa teve resultado de -29,90%.

É bom lembrar que naquele 2020 o Ibovespa terminou o primeiro semestre com -17,80% e o ano com +2,92%. E nossos Fundos GBV Aconcágua e K2 terminaram com +16,96% e +8,55%, respectivamente.

Neste ano de 2022, o que está impactando os mercados é a inflação alta no mundo todo, a consequente alta de juros e os temores de uma recessão mundial.

No mês de junho, os Fundos Vokin GBV Aconcágua e Vokin K2 Long Biased fecharam com rentabilidade de -9,17% e -11,96%, respectivamente. Já o Ibovespa teve rentabilidade de -11,50%.

Nessas horas gostamos de lembrar de uma frase do professor de value investing da Columbia University, Bruce Greenwald:

“Não há dias ruins no mercado. Quando o mercado está para baixo, você tem barganhas. E é adorável pensar no que você está comprando ao preço de barganha. E quando o mercado está para cima, as barganhas se foram, mas você está rico.”

Acreditamos que agora é hora boa para comprar, mas, jamais, para vender.

Quando os preços vão convergir para o valor nós não sabemos – e ninguém sabe, mas sabemos que devemos olhar mais para o valor das empresas do que para o preço das suas ações. Isso é value investing! Os preços só são importantes para aproveitarmos quando estão baixos ou vendermos quando estão altos.

Ao final de março deste ano, o Ibovespa estava com +14,48%. Terminou junho com -5,99%.

Não sabemos como terminará o ano, só o que sabemos é os preços oscilam, e que no momento temos boas empresas com preços em liquidação Nosso foco é o longo prazo!

Nossos investimentos são uma maratona, não uma corrida de 100 metros!

Temos que olhar para os resultados das empresas em que estamos investindo, não para as oscilações diárias ou mensais de suas ações.

Olhar a perspectiva sempre é mais importante e acalentador! E isso é investir!

E, como diz Charlie Munger, ter paciência, saber esperar, ter o gene da gratificação diferida nos ajuda muito como investidores e nos coloca em grande vantagem sobre aqueles que não aguentam esperar.

Sabemos que estamos navegando contra o vento, mas essa desaceleração no mercado não nos incomoda, na medida em que é uma oportunidade de aumentar nossa participação em boas empresas, bem geridas, a bons preços.

O que importa, no final, são os resultados operacionais das empresas, não o preço de tela das cotações. Quando o mercado melhorar, sabemos que seremos recompensados!

Enquanto isto, seguimos trabalhando na análise e acompanhamento das empresas em que temos investido. É isso que nos dá segurança, tranquilidade e serenidade nesses momentos em que muitos não aguentam esperar.

Por último, e não menos importante: Nosso Fundo do Fundos Vokin Everest, que tem como benchmark o CDI, terminou o semestre com bom resultado: +7,33% até aqui no ano, acima do CDI que acumula alta de +5,40%.

Vamos em frente, com racionalidade e paciência em investimentos!

Desejamos um melhor mês de julho para todos, com muita paciência, saúde e paz.

Economia

Quando e quanto.

Os dois últimos meses foram de revisões nas projeções de crescimento econômico mundial nas três instituições que fazem essa análise de forma corriqueira: o FMI, o Banco Mundial e a OCDE. São publicações extensas que procuram explicar, em detalhes, aspectos pontuais e estruturais que atingem os países. Em comum nessa última rodada, o corte nas taxas de crescimento projetadas para 2022 devido a fatores como: i) a escalada da inflação, que está reduzindo a renda real, impulsionando a alta de juros e limitando a demanda; ii) a continuidade dos conflitos na Ucrânia, o que gera problemas logísticos e de fornecimento de determinados insumos importantes como o petróleo e gás; iii) as constantes paradas na produção, consumo e comercialização de produtos por conta das contaminações por COVID na maior economia do mundo, a China. A publicação da OCDE, por exemplo, que previa uma expansão do PIB mundial em 4,4%, reviu essa para 3%. Já o FMI que, pelos números apontados se mostra mais “otimista”, reviu suas projeções de 4,4% para 3,6%, e o Banco Mundial de 4,1% para 2,9%. De maneira geral, o Banco Mundial é o mais “pessimista”, colocando números menores que as duas outras instituições em praticamente todos os países. Porém, um movimento chama atenção. No caso do Brasil, a projeção de 1,5% de PIB para 2022, feita pelo Banco Mundial, é mais do que o dobro do que aponta a OCDE. O que poderia levar a uma diferença tão grande? Ao ler o relatório da OCDE nota-se a superficialidade da análise e uma visão pessimista sobre nossa economia, em que se aponta a fraqueza do mercado de trabalho e piora dos indicadores de sentimento. Mas nem é preciso ir muito longe para ver que essa leitura confronta os números recentes que continuam a apontar melhora substancial nos indicadores de emprego e renda, além de a confiança da indústria e setor de construção civil seguirem em patamar elevado. O desconhecimento da instituição para com as políticas sociais no Brasil fica evidente quando cita que a alta dos preços dos alimentos e energia “gera demanda por programas de proteção social”, sem se dar conta do “auxílio Brasil” e a forte transferência de renda que foi feita durante e no pós pandemia. E mais, devido a composição da matriz energética, o Brasil foi um dos países que menos sentiu a alta do custo de energia se contrapondo aos países europeus, que são fortemente dependentes do gás e petróleo (a Alemanha, inclusive, reativou as usinas a carvão). Mas, mesmo assim, a instituição cita a necessidade do Brasil em aumentar investimentos no uso de energias alternativas como eólica e solar. Já a projeção do FMI para o Brasil foi revista em +0,5 ponto percentual desde a última publicação em janeiro de 2022 e projeta apenas 0,8% para 2022. Da mesma forma, a instituição critica a política fiscal sem se dar conta do quanto o Brasil, em relação a seus pares, fez um dos maiores programas de incentivo ao enfrentamento da pandemia e conseguiu, em pouco espaço de tempo, reverter um enorme déficit em um equilíbrio, coisa que as demais economias, em especial na Europa, não conseguiram. Nos EUA, por exemplo, após um deficit fiscal de -12,4% do PIB em 2021, as projeções são de déficit de -3,9% em 2022 e com tendência de aumentar para -5,1% do PIB até 2028. Não fica claro o motivo que fez com que a instituição revisasse o crescimento de 2022 do Brasil de 2,6% em abril de 2021 para 0,8% agora. O que essas duas instituições estão vendo que os analistas no Brasil não estão enxergando? Deixando de lado essas “dúvidas” sobre o posicionamento técnico – ou político – para com a economia brasileira, a mensagem global é clara: estamos em um processo de desaceleração. Quanto a isso não há dúvidas, mas ficam incertezas sobre quando isso ocorre e em qual magnitude. Para os EUA, as apostas ainda são na direção do “soft landing”, ao contrário da China que já fez um pouso mais “forçado” com os lockdowns durante o segundo trimestre. Na Europa ainda há muita diferença dentre os países, com alguns sendo mais fortemente atingidos pelo conflito na Ucrânia e disparada do preço do gás, como é o caso das economias do leste europeu e da Alemanha. Dentre os Emergentes, alguns estão se beneficiando do elevado preço das commodities, mas que deve retroceder com a desaceleração mundial. O segundo semestre, bem como o ano de 2023, se desenham com outra configuração econômica que merece uma revisão do posicionamento do Brasil nesse cenário. Mas longe da visão pessimista que algumas instituições internacionais teimam em nos colocar.

Vokin GBV Aconcágua FIC FIA

Comentários dos Gestores

Em junho, o Vokin GBV Aconcágua fechou com resultado de -9,17%, enquanto o Ibovespa fechou com -11,50%.

O mês de junho foi ruim para os ativos de risco no mundo. A inflação, preocupação constante ao longo do ano, continuou surpreendendo para cima e exigindo atuações mais agressivas pelos bancos centrais de vários países. Nos EUA, o Fed subiu os juros em 0,75%, a maior alta para uma reunião desde 1994. No Brasil, tivemos um aumento de 0,5%, levando a Selic para 13,25%. O Brasil deve ter pelo menos mais um aumento antes de encerrar seu ciclo de alta, que começou em março do ano passado. Já os EUA estão no início do seu ciclo de aperto, assim como a Europa, e se calcula uma alta probabilidade de recessão nessas regiões para o ano que vem. Os juros reais americanos de 10 anos, que tem impacto direto nos preços dos ativos por serem sua referência como custo de oportunidade, atingiram o patamar de 0,70%, depois de terem passado para o patamar positivo no final de abril após mais de 2 anos negativos.

No Brasil, o foco foi nas discussões ao redor dos preços dos combustíveis que atingiram patamar recorde após novos reajustes da Petrobras. A empresa segue o regime de paridade do preço internacional e alega que, se não o fizer, corre o risco de deixar o país com escassez de combustíveis no segundo semestre. Os políticos tentam de todo o modo desatar esse nó, ainda mais com a proximidade das eleições e o peso que isso tem para a decisão de voto da população. As ações da estatal tiveram queda mais acentuada quando se cogitou mudar a lei das estatais feita no governo Temer e que garantiu a blindagem das empresas públicas às investidas políticas. No final, o que está em tramitação no congresso é um auxílio de R$1.000 para os caminhoneiros, a elevação do Auxílio Brasil de R$400 para R$600 – com a ampliação dos beneficiados – e o aumento do vale gás. A restituição aos estados pela redução do ICMS para o teto de 17% em combustíveis e telecomunicação está fora da PEC que tramita no Congresso porque a restituição seria feita no ano que vem, enquanto os outros benefícios seriam pagos nesse ano e findariam em 31/12/2022. O risco é que eles não cessem no ano que vem, a depender de quem for eleito. Esse risco já se mostrou mais alto com o aumento do dólar em 10,8% (R$5,24 x R$4,73); e do risco país em 21,3% (364 x 300) em junho. A divulgação das diretrizes do programa de governo do PT também não trouxe tranquilidade ao mercado quanto ao futuro das contas públicas.

Apesar do mês difícil, tivemos um retorno positivo na principal posição do fundo, a Iochpe. O setor automotivo global vem sendo impactado por dois fenômenos de grandes proporções esse ano: a guerra da Ucrânia, que aumentou preços de energia e de commodities metálicas; e a falta de produção de semicondutores, componente utilizado na fabricação de veículos, que se arrasta desde ano passado. À primeira vista, o aumento dos custos vindos da alta do aço e do alumínio e o volume de produção de automóveis bem abaixo da média histórica indicavam um cenário nebuloso para a Iochpe, produtora de rodas e componentes estruturais. Porém, o resultado do primeiro trimestre foi animador, já que a receita cresceu 36,3% e o EBITDA cresceu 47,2% no ano, em comparação com o 1T21. O preço médio da roda subiu 52% em dólares, compensando a queda de volume de 6,7%. O preço maior se explica pelo repasse contratual da alta do aço e alumínio, além da oferta de veículos estar bem menor que a demanda, permitindo que as montadoras repassem preços com mais facilidade, beneficiando toda a cadeia produtiva. O mix de vendas também melhorou, com a Iochpe vendendo mais rodas de veículos pesados, que sofrem menos com a falta de semicondutores e apresentam preços e margens melhores. Outro destaque positivo é a operação de componentes estruturais, que cresce 81% no ano, fruto dos investimentos que foram feitos ao longo dos últimos anos aqui no Brasil e no México. No trimestre, também ocorreu nova emissão de debêntures no valor de R$ 750 milhões, permitindo alongar o perfil da dívida ao trocar uma dívida com vencimento em 2022 por uma com vencimento daqui a 4 anos. A evolução da alavancagem financeira é algo que acompanhamos com atenção pela natureza cíclica do setor. Acreditamos que a desalavancagem financeira deverá acelerar no segundo e terceiro trimestres em função da normalização do preço das commodities, permitindo a companhia recompor estoques com um custo médio menor, convertendo boa parte da geração de caixa em abatimento de dívida e não mais em capital de giro, como vem acontecendo nos últimos trimestres. Hoje, o índice dívida líquida/Ebitda encontra-se em 2 vezes, com perspectiva de chegar em 1,5 vez em meados de 2023.

O primeiro semestre do ano, após a queda do S&P500 de 8,4% em junho, foi o pior para bolsa americana desde 1970, fechando a primeira metade do ano com perda de 21%. O Brasil não ficou imune. O que notamos é que as expectativas quanto aos ativos de risco estão bem deprimidas, com foco na recessão que se aproxima e nos níveis altos de inflação em meio a uma guerra e restrições nas cadeias produtivas. Baixas expectativas e preços baixos para os ativos de risco dão mais conforto para se investir do que quando os preços estão altos e as expectativas elevadas, pois são nesses momentos que as oportunidades de comprar barato surgem. Ainda assim, é importante estarmos atentos ao cenário eleitoral no Brasil e suas consequências para o resultado fiscal, além do ritmo de desaceleração na atividade econômica americana.

Vokin K2 Long Biased FIA

Comentários dos Gestores

A Ser anunciou a compra do Centro Universitário de Setembro por R$ 10 milhões. Localizada em Fortaleza/CE, a UNI7 apresentou receita líquida de R$ 18 milhões nos últimos 12 meses e possui por volta de 1600 alunos matriculados. Por sua proximidade com duas unidades da Uninassau, também pertencentes à Ser, a companhia estima um potencial de sinergias operacionais e pretende aumentar a oferta de cursos ligados à saúde da A transação ainda está sujeita aos trâmites do CADE.

A Oi informou que concluiu a venda da V.tal para a Globenet e fundos do BTG Pactual por R$ 12,9 bilhões após validação em todas as condições precedentes. O montante a ser pago foi dividido em: (i) R$ 1,8 bilhão como parcela primária já paga, (ii) R$ 8 bilhões em parcelas secundárias, sendo R$ 4,2 bilhões já pagos e o restante a ser pago até 2023, (iii) R$ 3,1 bilhões em incorporação de ações e parcelas adicionais a serem pagas em até 90 dias da data de fechamento. A Oi, por meio de sua participação na V.tal, também receberá proporcionalmente o pagamento de R$ 2,7 bilhões em dividendos. As partes envolvidas na transação concordaram com o reajuste de participação em até 7,38% do capital social da V.tal, que serão exercidos em julho de 2022 e 2023. Decorridas todas as etapas, a Oi terá se desfeito de até 65,27% de participação na empresa com a operação. Com os recursos já levantados, a Oi realizou a quitação de suas obrigações com debêntures de 1ª emissão por R$ 3,5 bilhões.

A Petrobras anunciou o recebimento do pedido de demissão do então presidente José Mauro Coelho. Diante do pedido, o posto foi assumido temporariamente por um interino, Fernando Borges, até que a nomeação de Caio Mário Paes de Andrade, indicado pelo governo federal, fosse aprovada pelo Conselho de Administração da Petrobras. Além da nomeação do presidente, a companhia também recebeu um ofício do Ministério das Minas e Energia, o qual continha a indicação de 10 candidatos para assumir as vagas de conselheiros a serem preenchidas.

A Suzano recebeu aprovação do CADE para a aquisição de ativos florestais da Arapar no valor de US$ 667 milhões, dos quais a primeira parcela foi paga na conclusão da operação e a segunda será paga em 12 meses. A companhia anunciou a compra da Caravelas Florestal por R$ 336 milhões, cujos ativos florestais já eram arrendados pela Suzano. As duas operações tiveram o racional estratégico de reduzir os custos na aquisição de madeira e o aumento de base florestal. A Suzano também comunicou a intenção de construir uma fábrica de papel Tissue em Aracruz/ES, com capacidade de produção de 60 mil toneladas por ano. Os investimentos, estimados em R$ 600 milhões, serão feitos com créditos fiscais que a companhia possui no Espírito Santo.

A Blau aprovou um programa de recompra de ações em que poderá adquirir até 14,3% da quantidade em circulação. Segundo os administradores da companhia, o preço das ações não reflete seu potencial de rentabilidade e geração de resultados. As ações adquiridas serão mantidas em tesouraria e poderão ser canceladas, vendidas à mercado ou utilizadas em planos de opção de compra. A Blau também informou que recebeu autorização da B3 para uma redução temporária do seu Free Float mínimo permitido de 17,5% a 15%, decorrente do programa de recompra que foi aprovado. Além dessa medida, o prazo para o atingimento mínimo de 25% de Free Float – previsto no regulamento do Novo Mercado – foi prorrogado para dezembro de 2023.

O Banrisul anunciou o pagamento de Juros Sobre o Capital Próprio no valor total de R$ 153 milhões, referentes aos resultados do segundo trimestre de 2022. O pagamento líquido ocorrerá na razão de R$ 0,32 por ação, que representa um dividend yield 3,25% sobre a cotação das ações preferenciais tipo B na data do anúncio.

Vokin Everest FIC FIM

Comentários dos Gestores

Junho foi mais um mês  de  elevada  volatilidade nos mercados, encerrando um semestre que foi bastante desafiador para a alocação de ativos. O ano se iniciou com preocupações relacionadas à perspectiva inflacionária mundial, e o surpreendente conflito na Ucrânia impulsionou ainda mais o preço de commodities, trazendo altas nos indicadores de inflação como não se observavam em décadas em diversos países desenvolvidos. As sinalizações dos Bancos Centrais com relação ao aumento de juros e retirada de estímulos para combater a alta de preços aumentaram, já no final do semestre, a expectativa de recessão em diversos países, trazendo impacto direto de aversão a risco em diversos ativos, principalmente ações.

Durante o mês, o Banco Central dos Estados Unidos elevou a taxa de juros em 0,75 p.p., passando para um intervalo entre 1,50% e 1,75%, e com estimativa de que a taxa esteja em 3,4% no final do ano, ante uma estimativa de 1,9% para o final do ano sinalizada em março. A economia do país começou a apresentar alguns sinais principalmente relacionados ao consumo e confiança de que o início do processo de arrefecimento já está em

Além do pessimismo global, no Brasil, os mercados de juros e câmbio também foram impactados por notícias envolvendo propostas de novos pacotes de benefícios sociais que, da forma como estão sendo pautados, reacendem as preocupações sobre os gastos públicos e situação fiscal do país. No mês, também ocorreu mais uma elevação da taxa Selic, agora em 13,25%, maior patamar desde dezembro de 2016 e com o Banco Central sinalizando provável nova alta na próxima reunião de agosto. No âmbito econômico, os indicadores de atividade permanecem positivos, com destaque para a redução na taxa de desemprego. O Ibovespa encerrou o mês com queda relevante (-11,50%),

maior queda mensal desde março de 2020, o dólar se valorizou +11,14% frente ao real e tivemos abertura da curva de juros reais (representando queda de -0,36% no IMA-B).

Dentro deste cenário bastante desafiador, o Everest encerrou o mês com alta de 0,14%, ante 1,01% do CDI, e acumulando alta de 7,33% no ano, contra 5,40% do CDI, equivalente a 136% do CDI no ano. Os maiores destaques no mês, e no ano, foram os fundos multimercados macro posicionados principalmente   a   favor   da alta de juros e da elevação da inflação em diversos países.Em contrapartida, os piores   desempenhos no período foram dos fundos com maior exposição direcional em ações. Os melhores desempenhos foram multimercados macro Gávea Macro Plus (+3,64% no mês), SPX Nimitz (+2,49%) e JGP Strategy (+2,42%). Os piores desempenhos foram dos fundos Pandhora Long Bias (-10,64%), GBV Aconcágua (-9,17%) e SPX Falcon (-7,05%).

Em junho foi efetuado apenas um ajuste na carteira, com aumento no fundo multimercado macro Kapitalo Zetan que estava já há algum tempo fechado para captações e aproveitamos a abertura para rebalancear a posição.

O aperto monetário global em curso tem causado correções de preços em várias classes de ativos, não só em ações de empresas que tinham elevadas perspectivas de crescimento, mas também já começou a impactar nos preços de commodities e na confiança do consumidor, uma possível indicação de que o processo inflacionário possa estar chegando ao fim. De qualquer maneira, para os próximos meses a volatilidade ainda deve permanecer, seja pelo monitoramento dos investidores da dinâmica entre os indicadores de preços e atividade mundiais, seja pela situação política no país em função das eleições que se aproximam.

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